SOS Racismo, o terrorismo social. (por Jacinto Furtado)

20140823-152358.jpgTenho muitas dúvidas que a organização intitulada de SOS Racismo não seja ela própria um ninho de racistas. Uma organização fundamentalista que tem apenas e exclusivamente uma visão direccionada e distorcida da vida não pode ser um interlocutor de respeito, antes pelo contrario, como todos os fundamentalistas são perigosos. Não sendo terroristas na versão que estamos habituados a conhecer são no entanto terroristas da pior espécie, são terroristas sociais.

Como é do conhecimento público, na passada quarta-feira no Centro Comercial Vasco da Gama teve lugar uma coisa a que chamam meet, ou seja, uma concentração de jovens convocados via redes sociais. Parece que esta coisa nasceu no Brasil com o nome de rolezinho já tendo causado bastantes distúrbios, como sempre em Portugal temos a tendência para, de forma muito rápida, importar todo o tipo de porcaria.

Em relação ao atentado à segurança pública que ocorreu no Vasco da Gama diz a SOS Racismo em comunicado:

Perante uma rixa entre meia dúzia de pessoas, a PSP entendeu abordar o episódio de forma diferente, varrendo literalmente o Centro Comercial, montando um aparato anormal e, pelo que podemos ver pelos vídeos que circulam nas redes sociais, impedindo todos aqueles que não fossem brancos de entrar no Vasco da Gama… O que leva a PSP a impedir a mobilidade de jovens e a utilizar a força, só por serem negros?

Portanto entendem estes terroristas sociais que a policia esteve mal ao incomodar os pacatos rapazitos que invadiram o centro comercial parecendo bandos de pardais à solta entrando e saindo das lojas e atemorizando quem, no seu pleno direito estava naquele espaço.

Meia dúzia de pessoas dizem eles, seis! Bem sei que a Matematica é o cancro das gerações mais jovens mas alguém faz o favor de lhes explicar que apenas os zeros à esquerda não contam? Não eram 006 eram 600, seiscentos, seis centenas, meia dúzia de centenas os envolvidos nesta coisa linda do meet ou do rolezinho (caso prefiram com pronuncia de telenovela).

Ainda no campo dos números, desses seiscentos cerca de duzentos invadiram o centro comercial e, um pouco menos de metade destes envolveram-se em conflitos. A meia dúzia referida pelos terroristas sociais está muito longe da realidade.

Reclamam o facto de a policia, após ter controlado a situação só permitir a entrada de “brancos” no centro comercial que raio, não será esta expressão (branco) um pouco racista? Ainda por cima num comunicado divulgado por uma associação que se chama SOS Racismo, para eles os caucasianos são brancos e os negros são… … Negros, estranho nada racista, não senhor. Voltando à questão, após controlada a situação a policia só deixava entrar brancos no centro comercial. Pois! Estranho não é?

Não, não é estranho! Os seiscentos mariolas eram pretos, na falta de melhor forma de evitar o reacender de conflitos no interior do centro comercial nada melhor que recorrer à única certeza que existia naquele momento. Quase como a anedota do naufrágio, mulheres e crianças para um lado homens para o outro…. Os indecisos logo se vê. Não foi racismo a atitude da policia, foi uma acção de controle de risco muito bem executada, melhor só se tivessem partido as asitas aos pardalitos que aos bando por ali voavam, talvez assim deixassem de voar de forma tão pouco elegante.

Alem do mais o comunicado da SOS Racismo é falso, é falso que a policia só deixasse entrar brancos no centro comercial. Deixava entrar brancos, amarelos, tipos azuis às bolinhas cor de rosa e até negros, o que não deixava era entrar um tipo de pessoas que simultaneamente tivessem duas características, fossem negros e estivessem dentro da faixa etária do bando de pardais à solta que provocou os desacatos. Razões obvias e já explicadas acima.

Não tenhamos ilusões, este tipo de acções nada tem de pacifico, se algum dia isso esteve na génese das iniciativas deixou de estar, basta ler os comentários feitos na convocatória par um novo meet que se realizará nos próximos dias num centro comercial na zona da grande Lisboa para entendermos que o que se pretende será tudo menos pacifico.

Tenho dificuldade em entender qual é o significado de racismo para esta gente, se um branco dá uma estalada num preto é racismo mas se um preto esfaqueia um branco nem se fala no assunto ou, quando se fala é para justificar o coitado do esfaqueador, pobrezinho vem duma família disfuncional, com poucos apoios. Coitado no final o esfaqueador é uma vitima e o esfaqueado um vilão.

A SOS Racismo tem a obrigação de ser uma associação educativa, esclarecedora, uma associação convergente, conciliadora. Não podem ser um elemento catalisador de ódios. A SOS Racismo tem rapidamente, para bem de todos, de aprender a distinguir o que são crimes e o que é a cor da pele. A cor da pele não interessa para nada perante a pratica de crimes.

Como diria a minha querida amiga Anabela Ferreira (preta)… Foda-se deixem-se de merdas e façam-se à vida!

 

2 comentários a “SOS Racismo, o terrorismo social. (por Jacinto Furtado)”

  1. Eduardo Silva diz:

    Escrevo com nome e endereço que mantenho aberto e pelo qual respondo, para lhe dizer que não sendo nem pouco mais ou menos admirador de “SOS Racismo” e organizações do género, sempre prontas a galgar qualquer causa que possa dar visibilidade a organização, numa nebulosa premeditada de conceitos, eivada de paternalismo e um oportunismo básico, reservo-lhe a si o titulo de racista. Você é racista, não só porque ignora propositadamente o peso social e histórico que certas expressões ganharam (que eu seja negro, preto, de tez escura ou outra discrição semelhante é facto, mas que outro ache que isso é propósito para tentar cercear os meus direitos fundamentais, estabelecidos pela constituição vigente, é ilegal, ver criminoso), mas porque raciocina a partir de pressupostos de discriminação baseada na cor dos indivíduos. Aceito que a policia deva ter critérios de contenção na defesa da ordem publica – para isso existe! Para tal tem que definir posições de conduta. Agora, um raciocino como o seu que aceita que um dos pressupostos, em caso semelhante, possa ser a cor das pessoas é criminoso. O pessoal deste e de outros meet ou rolezinho não é exclusivamente negro e voce sabe disso. Prefere escrever um artigo que faz parecer o contrario.E diga-se em abono da verdade, não me pareceu, de todas as noticias ouvidas/vistas, que a ação da policia lhe tenha dado razão. Com bom senso, terão os homens de azul (já que em maré de cores) considerado que há milhões de negros deste mundo com vidas e mentes mais sãs do que o que resulta do seu texto, tem atitudes e comportamentos socialmente irrepreensiveis. Muitos deles vivem em Portugal, em Lisboa. Imaginou a injustiça e a indecência que seria aplicar-lhes a sua lógica? Imagino que nem lerá o que aqui escrevo. Tem o acesso que eu não tenho, o que lhe da o conforto de decidir se da ou não valor a esta posição critica. Mas faço questão de deixa-la, porque detesto ser classificado por estereótipos, sejam eles quais forem, e insisto em repetir que não é a minha cor que, para o bem ou para o mal, determina o meu pensar. Bom seria que também fosse o seu caso, e o de todos os homens de boa vontade.

    • Jacinto Furtado diz:

      Caro Eduardo Silva, claro que leio o que comenta, leio o seu e todos os outros comentários, não só eu os leio como o Notícias Online os publica. No entanto e no que ao texto que escrevi diz respeito lamento que não o tenha lido atentamente ou, caso o tenha lido não o tenha entendido. Enfim é o risco que corre quem escreve e publicamente partilha textos. Cumprimentos

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