Páscoa

Jesus ( a ter existido – convém não esquecermos duas das maiores capacidades humanas que nos distinguem dos dinossauros: o pensamento crítico e a capacidade de questionar tudo), foi preso por razões políticas: questionava o Império Romano. E se pensarmos à sua imagem e semelhança, tinha todas as razões para o fazer: -roubavam, eram corruptos, mantinham escravos e um largo etc

(ensaiavam o lado negativo do capitalismo com sucesso), apesar de todos os enormes benefícios que o Império tinha trazido (pontes, arruamentos, transporte de água, abecedário e um largo etc), bem, continuando, Jesus (e não Brian) foi um preso político por contestar o regime corrupto-orgiástico romano (uma prostituição à qual nos fomos habituando em dois mil e vinte e dois anos e continuamos a contar). Parecia ele que intuía que com a sua crucificação ( a moda de bastante sucesso da época ), o império ( espertos esses romanos), iria usar o seu nome e vida de revolucionário para fundar uma sua religião para controlar ( usando um pot- pourri, ou um caril de pózinhos de diversas crenças e adorações – tendências muito humanas – para o glorificar), sacudindo a água do capote sobre a sua morte(outra humana característica). E a Ressureição queremos nós saber? São os pós mágicos e místicos do conto de ficção, tal como as aparições de Fátima, já que nós humanos somos bons a imaginar cenas e histórias mesmo sem o uso de cogumelos mágicos.

A talho de foice, de onde vem o coelho que põe ovos? Isso fica para outra história de ficção, ou pulp fiction ( romance de cordel) que tem a ver com a deusa Peshar, a da fertilidade, com um coelho aos seus pés.

Estudassem. Tenham um bom tempo de recolher bons frutos se plantaram boas sementes. Se não, ide já plantar. Também tendes direito a renascer.

Anabela Ferreira

Um comentário a “Páscoa”

  1. Paulo Juvenal diz:

    Apesar do tom bem-disposto do artigo, convém dizer o seguinte, segundo os Evangelhos (julgo que não haverá mais documentos fidedignos a este respeito): Jesus nunca questionou o Império Romano; A escravatura era infelizmente aceite por todos os povos como algo normal, inclusivamente os judeus; Quanto à legalização do Cristianismo pelo Império Romano e a conversão do seu imperador Constantino apenas ocorreu 300 anos após crucificação de JC. Durante estes 3 séculos, os cristãos foram perseguidos e martirizados pelas autoridades romanas. O facto de serem perseguidos estaria provavelmente relacionado com as diferenças éticas entre as crenças dos romanos e dos cristãos. Escrever que passados 300 anos de história, houve uma tentativa por parte do Império Romano de redimir de uma condenação à morte injusta é mirabolante. Para este facto, importa também referir que os romanos apenas executaram ordens do Sinédrio Judaíco e que ainda assim o governador romano da Judeia, Pôncio Pilatos, tentou anular a sentença sem sucesso, porque o povo de Jerusalém não aceitou a sua libertação.

    As questões relativas aos sinais, como a ressurreição, são obviamente cientificamente impossíveis. As religiões não se regem na sua génese por fenómenos científicos. Teremos pois de avançar por dois vectores hermenêuticos para os abordar: o primeiro, será de cariz metafísico e transcendental: Jesus é filho de Deus, por isso, imortal. A outra é literária: se por um lado, temos “signo-significante”, neste caso a palavra/ideia “Ressurreição”, por outro, temos o “simbolo-significado” cujo valor é impreciso. Podemos especular que Jesus teve uma segunda oportunidade espiritual — o que de facto acabou por se concretizar com a forte influência judaico-cristã que os seus fundamentos tiveram nos desígnios da humanidade desde o ano zero até hoje.

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