Costuma-se dizer que no melhor pano cai a nódoa. Desta vez foi Angela Merkel alvo dum grupo de perigosos revolucionários duma organização que tem “delegações” em muitos países. Chama-se Tribunal Constitucional e são um verdadeiro entrave às legítimas intenções neoliberais de acabar com tudo o que são direitos adquiridos.
Este perigoso grupo que em Portugal tem atacado sem dó nem piedade o esforço de Pedro Passos Coelho, um verdadeiro Robin dos Bosques mas ao contrário, teve o desplante de agora se virar para a sua mentora, teve o desplante de se virar para a sua guia espiritual.
Imaginem que este perigoso grupo resolveu, com base num texto chamado constituição, escrito em 1949 e que não reconhece o estado social, teve a audácia de vir dizer que as pensões são equiparadas à propriedade privada, ou seja, na falta de suporte social na constituição o tribunal Alemão equipara as pensões a propriedade privada que foi constituída ao longo dos anos e que o governo não pode alterar o seu valor.
Ainda por cima, esta decisão, colhe o apoio doutro grupo de malfeitores a que chamam Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Diz esta malta que as pensões não são um subsídio nem uma benesse. Mas que raio, onde é que esta gente tem a cabeça? Será que não entendem que se os mais fracos da sociedade não forem castigados os fortes nunca terão o poder absoluto, nunca poderão de forma conveniente beneficiar aqueles que interessam em detrimento dos restantes?
Em breve, a “delegação Portuguesa” dessa seita de guardiões do templo vai pronunciar-se sobre os anunciados cortes nas pensões, previstos no Orçamento DO (*) Estado para 2014. É verdade que têm sido alvo das mais variadas pressões internas e externas para que decidam a favor do corte. É certo que a nossa Constituição é mais modernaça que a Alemã. A deles é do pós- guerra a nossa é do pós-passeio das floristas. Já lhes disseram, entre outras coisas, que os mercados não vão gostar do eventual chumbo.
Já estou a imaginar as peixeiras do Mercado do Bulhão revoltadas com os juízes do Tribunal Constitucional por este, com o chumbo, permitir que a velharia vá mais uma ou duas vezes ao mercado às compras. É que os velhos são maçadores, fazem muitas perguntas, depois são meio surdos tem de se repetir as respostas várias vezes, depois só compram poucas quantidades por vezes até só querem meio carapau. Enfim, uma maçada, os mercados sem dúvida preferem a velharia tesa.
Aguardemos pois a revolta das peixeiras!
(*) Propositadamente o “DO” está em maiúsculas em Orçamento do Estado como medida didática para a maioria dos políticos Portugueses. Incomoda ouvir, deste o suposto líder da oposição até ao primeiro-ministro, dizerem que estão a discutir o Orçamento DE Estado. Eventualmente será o subconsciente deles a falar mais alto. Eventualmente estarão mais habituados a preocuparem-se com coisas “de Estado” e pouco com coisas “do Estado”.
[…] A evidência de que as pensões não são ofertas de um Estado benevolente mas dinheiro retido na vida de trabalho de cada um. São poupanças tal como se as tivessem guardado debaixo do colchão Aboletarem-se das pensões chama-se roubo! Alguém explica isso ao Merdina? via Democracia e Dívida http://www.noticiasonline.eu/2013/12/18/angela-merkel-vitima-de-perigosos-revolucionarios/ […]