Angola vai a votos amanhã, dia 23 de Agosto. Muitos apontam esta data como a data da queda do regime, outros alvitram que é a data da evolução na continuidade a data em que o sucessor escolhido pelo sucedido continuará as mesmas politicas das últimas 4 décadas.
Angola é um país riquíssimo onde se morre de fome. Angola é um país riquíssimo onde a maioria dos habitantes não tem sequer saneamento básico. Angola é um país riquíssimo onde alguns, os eleitos da elite, compram vários apartamentos de luxo em Portugal como quem compra um par de sapatos usados no Mercado do Roque Santeiro.
Hoje mesmo o New York Times publica um artigo onde dá conta da lavandaria financeira em que Portugal se foi transformando ao longo dos anos. “Portugal dominou Angola durante séculos, agora as regras mudaram” é o titulo do artigo que referimos e que é de leitura obrigatória.
Não de leitura obrigatória, mas de consulta fundamental é o estudo de opinião publicado ontem pela Central Angola 7311, um estudo que alegadamente terá sido encomendado pela própria presidência da república de Angola à empresa brasileira Sensus mas que, confrontados com o desastroso resultado terá sido ocultado da opinião pública.
São vários os temas abordados neste estudo, desde a opinião dos angolanos sobre a corrupção no país, passando pela criminalidade, liberdade de imprensa e confiança nas instituições entre outros, como por exemplo as intenções de voto.
De acordo com o estudo da Sensus o MPLA vencerá as eleições mas por uma margem mínima margem essa que é praticamente absorvida pela margem de erro prevista para o estudo. Estes resultados, a confirmarem-se podem antever uma crise de governabilidade uma vez que, a constituição angolana prevê que o vencedor das eleições legislativas se torne presidente e forme governo mesmo sem uma maioria parlamentar que o suporte.
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