As associações de representantes de pensionistas criticaram hoje a medida do Governo de alargar a base da Contribuição Extraordinária de Solidariedade, considerando-a uma “forma ardilosa” de contornar a decisão do Tribunal Constitucional e “uma vingança” sobre os reformados.
“O Governo continua com a obsessão de ir buscar o dinheiro que falta para o orçamento sempre aos mesmos: aos reformados e funcionários públicos. Esta medida que o Governo agora decidiu é uma forma ardilosa de contornar a decisão do Tribunal Constitucional “, disse à Lusa Maria do Rosário Gama, presidente da direção da associação dos Aposentados, Pensionistas e Reformados (Apre!).
Já Casimiro Menezes, da Confederação Nacional descontos para a ADSE, subsistema de saúde dos funcionários públicos, para resolver “o problema orçamental na ordem dos 390 milhões de euros aberto pela decisão do Tribunal Constitucional” de declarar inconstitucionais os cortes nas pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações.
De acordo com Maria do Rosário Gama o “espirito e a letra” do recente acórdão do Tribunal Constitucional “não vão no sentido das medidas agora decididas”, acusando o primeiro-ministro, Pedro Passos Coeonistas que “tomem consciência deste ataque” do executivo, considerando que as medidas anunciadas no Orçamento do Estado “visam espoliar os reformados e sugeriu que “protestem, exigindo a demissão do Governo e eleições antecipadas”.
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