A psicologia oferece um catálogo para comportamentos de pessoas chamadas “tóxicas”.
Vou escolher um ou dois para classificar quem “tomou” posse do “arco da governação” nos poucos anos desta jovem “coisa” democrática na velha república.
Como o mundo é redondo e global, e, nós apenas somos bons alunos, vou buscar o exemplo de quem de facto manda em nós.
Depois é só copiar e colar. Extrapolando.
Esta reflexão um pouco indigesta tem apenas um intuito: sussurrar ao ouvido de incautos ainda na forma do bolo dormir e obedecer, na qual foram encaixotados e programados, que o tempo se esgotou.
A Revolução industrial com o seu conjunto de mudanças trouxe uma transformação radical na organização das sociedades e do trabalho.
De cidadãos passámos a contribuintes em menos de 200 anos. De direito em direito, perdemos o do lazer e da cultura e ganhámos o direito às 40 horas semanais e ao salário mínimo. Até regressar à escravatura antes da mencionada Revolução.
Encaixaram-nos em jaulas programadas e deram-nos tarefas e funções. Encaixaram-nos em salas de aulas com programas formatados para nos lavar o cérebro.
Parabéns às mentes geniais. Fomos todos lobotomizados com sucesso.
E é aqui que entram as categorias da psicologia dos activos tóxicos capitalizados na figura da Dona Xica (nós) que hoje quero expor:
O gato:
Não são os que atiram o pau ao gato para o matar. São os que querem matar a dona Xica. Essa desgraçada assustadiça que ganha uma pensão miserável e trabalhou desde os 10 anos e esses factos que conhecemos.
Na mente deste tipo tóxico a história é pensada: vai morrer, quanto mais cedo melhor, já que por azar agora vive-se até mais tarde (deveriam tornar lei a eutanásia quem sabe, oferecer-se-iam mais ao sacrifício de não dar mais despesa). Vamos fazer sofrer e preparar uma vingança, como cortar lentamente apoios, por exemplo. Entretanto fazem uma cagadela nos sapatos da dona Xica. Só para ela não ter dúvidas sobre quem manda no pedaço. Assim fazem os gatos. Preparam silenciosamente vinganças contra o dono, se se chateiam com eles.
A âncora:
Na mente deste tipo tóxico, infeliz e sem amor, existe uma ideia: a dona xica tem de ir ao fundo, lá onde ele próprio se encontra e quer que ela lá fique. Agarra-se ao pescoço dela, puxando-a para baixo, não a deixando respirar.
Mesmo que tentemos manter-nos à tona, lá vem a âncora com mais um puxão. Essa é a missão de qualquer âncora.
A lanterna:
Na mente doentia e tóxica deste ser, apontar a luz directa nos olhos da dona xica, no escuro, encandeá-la e cegá-la é o objectivo. Enquanto aponta a luz vai-lhe dizendo o quanto ele é idiota, piegas, gastadora, está coberta de dívidas, é irresponsável, férias na Dominicana all inclusive, sofás no Ikea, a juntar-lhe os pecados da Humanidade, que Cristo já penitenciou quando carregou a cruz por nós.
Tudo para a distrair de voltar a lanterna contra si próprio e descobrir as falhas deste ser tóxico.
Gostaria de os expor mais, mas creio que nem preciso. Somos todos a dona xica, sabemos o que é ter um gato destes, uma âncora e uma lanterna nas nossas vidas.
Lavaram-nos o cérebro, tiram-nos a vida, planeiam vinganças, puxam-nos para o fundo e só por via de uma lobotomização bem feita ainda resistimos cegos, sujos de cócó de gato e de mão dada com a âncora, sem virar as costas à declaração de guerra há muito declarada contra a vida da dona xica. Por quem lhe atirou todos os paus. Os tóxicos que matam.
Quando será que a dona xica em vez de assustada, atira mesmo um pau ao gato com direcção assistida -para matar-lhes ferra a âncora ao colarinho, para os afundar, e, não se deixa mais cegar?
Crescem as listas com nomes de gente tóxica. Guardo cofres cheios de pérolas deles e só peço aos deuses gregos que não se lembrem de multiplicar mais desta gente.
Eu cá vou dando berros!
Antes de dar o berro.
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