Somos um povo crente, cheio de boa fé, que vai à missa todos os domingos ou a ela assiste na tvi, dormimos com uma bíblia à cabeceira e carrega-mo-la no porta-luvas do carro, acreditamos em milagres, na nossa Senhora virgem concebida, e, no Marcelo Rebelo de Sousa que há anos se prepara para ser ele o DDT com uma bíblia na mão, jogando com as profundas crenças religiosas lusas a pontos de esquecerem a Constituição.
De novo o nosso… livro sagrado, a Constituição da Senhora República, qual rameira do Intendente tem novo “pimp”. Fazendo dela o que se quer. Serve para manobrar à vontade de cada um como a Geni do Chico.
Por lá consta que respeitamos a soberania dos povos. Mas “finno a un certo punto”, na leitura do nosso Presidente. Afinal os povos não são soberanos para decidirem a sua independência e nós consequentemente, respeitarmos as estaladas que dão às mães.
Assim decidiu MRS, contra a Constituição, ao telefonar ao Rei de Espanha dizendo-lhe que “nós Portugueses” não reconhecemos a independência da Catalunha.
Pois aqui fica ao abrigo da minha liberdade como descendente directa de D.Afonso Henriques que eu respeito a Constituição e a reconheço independente, tal como reconheço todos os países que se tornaram independentes depois da II GM (da ex Jugoslávia, da ex URSS, ou todos os países africanos – começando nos que declararam unilateralmente a sua independência como no caso da Catalunha).
Separemos as matérias de facto: podemos não saber como vai terminar ou como fazer daqui para a frente, se é bom ou mau, se deviam ou não – só os catalães sabem e não precisam da nossa opinião – mas negar-lhes o direito e não reconhecer a sua independência – por ser politicamente correcto e fora dos interesses da UE – sabemos que é errado e sabemos que é contra a nossa Constituição. Que esse sim, deverá sempre ser o nosso livro sagrado. Como é que se atreve? Como se atreve a mostrar a sua agenda, a sua pretensão a ganhar o jogo dos tronos de Dono Disto Tudo.
A História julgar-nos-á. a todos como povos. E julgará o presidente/dono da coroa, MRS, na sua nudez. O pano que o cobre começa a mostrar-se invisível.
Mas as tradições deixaram de ser o que eram.
Como não vivemos na Idade das Trevas (kind of) hoje e sempre são escolhas políticas. Só que já não precisam significar sangue, como alguns que já consultaram o oráculo de Delfos predizem, nem significar o horror, o desastre, a tragédia no Olimpo como velhos do Restelo anunciam.
Chama-se evolução e História. Evolua ela por onde for. Tentativa e erro e o que for forá. Não tem sido assim?
Ou será que os que são contra têm feito tudo certinho direitinho seguindo um livro de escolhas certas, desde que nós – humanos refugiados – fomos acolhidos neste planeta. Vê-se mesmo que o assunto é outro. Como sempre. Interesses digo eu.
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Perguntam-se os macacos, quem é que vai ficar com (os filhos) Gibraltar?
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