Carta Aberta ao Dr. Medina Carreira (Por José Manuel Castanho Paes 1)

1929179_58206657710_7265036_nVem V. Exa. agredindo persistentemente o juízo e a paciência dos funcionários públicos e pensionistas deste massacrado País, especialmente durante as sessões semanais do programa televisivo “Olhos nos olhos”, com uma tal insistência que mais parece ter-se já tornado numa obsessão.

Não pretendendo retirar-lhe o mérito de, desde há longo tempo, vir a chamar a atenção pública para os caminhos errados que sucessivos Governos têm vindo a seguir no descontrolo das contas públicas, principal razão por que chegámos à actual situação de descalabro nacional; não lhe reconheço, no entanto, razão seriamente fundamentada para colocar o ónus dos excessos da despesa pública quase que exclusivamente sobre os aludidos grupos sociais (funcionários públicos e pensionistas).

A sua visão do problema, assente numa mera perspectiva contabilística e não macroeconómica, peca por isso de determinadas distorções que importa denunciar e esclarecer, a bem da verdade e rigor que a delicadeza desta questão naturalmente exige. Para já não falar dos aspectos morais relacionados com os graves erros, maus tratos, ilegalidades e incontroladas prepotências, enfim, a gestão danosa a que as contas da segurança social foram sujeitas por parte de todas as governações após a mudança de regime operada em 1974, que levaram a que alguém responsável já tenha avançado que a dívida do Estado à segurança social (vista em sentido lato) se cifraria actualmente em mais de 70 mil milhões de euros (sem que alguém por isso se tenha alguma vez sentado no banco dos réus), o facto é que, mesmo ignorando esta triste realidade nunca assumida publicamente pelos detentores do poder político, por motivos óbvios, o que mais importa agora é analisar a questão numa perspectiva isenta e objectiva e não distorcer a verdade dos factos com visões subjectivas e parcelares que só contribuem para aumentar a confusão de quem está menos informado.

Tenho de começar por desmascarar a mentira com que alguns altos responsáveis políticos e conceituados comentadores vêm confundindo o público, afirmando descaradamente que os encargos públicos com pessoal e prestações sociais representam mais de 70% (alguns até falam em 80%) da despesa total do Estado, quando eles afinal representaram, em 2013, cerca de 30% dessa mesma despesa total (deduzindo às prestações sociais concedidas as quotizações e contribuições pagas pelos trabalhadores e entidades empregadoras).

A conjugação dos dados constantes do Orçamento de Estado, do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e da PORDATA assim o provam, se forem devidamente consultados. Nunca vi o Sr. Dr. Medina Carreira desmentir essas falsas declarações, feitas com o claro objectivo político de justificar perante a opinião pública as medidas governamentais que têm sido prosseguidas no sentido de fazer incidir o grosso dos necessários cortes da despesa pública sempre sobre os mesmos grupos de cidadãos (funcionários públicos e pensionistas com normais carreiras contributivas). Trata-se, pois, de uma inqualificável trapaça política. Mas então pergunto eu: será que os outros 70% da despesa total do Estado são de facto praticamente incompreensíveis?

Os chamados consumos intermédios, as subsidiações do Estado aos mais diversos agentes públicos e privados (muitos atingindo dimensões verdadeiramente escandalosas, como é o caso das PPP´s, dos contratos SWAP, das rendas excessivas no sector energético, e das inúmeras fundações, associações e observatórios cuja utilidade pública tanto tem sido posta em causa, conforme V. Exa. também tem vindo a chamar a atenção), os encargos com entidades reguladoras (que normalmente mais se preocupam com a defesa dos direitos dos grupos económicos do que com a defesa dos direitos e expectativas dos consumidores), o serviço da nossa enorme dívida pública, o aumento ocorrido nas despesas do próprio Governo como fonte privilegiada de emprego bem remunerado, os gastos com frotas automóveis para os detentores de cargos públicos absolutamente ostensivas e desproporcionadas etc., não serão passíveis de maior contenção para darem um contributo substancial ao corte dos cerca de 8 mil milhões de euros que é preciso fazer na despesa pública, caso não ocorra o desejável crescimento económico de que o País precisa?

Acresce que os cortes em despesas de pessoal e prestações sociais devem ser contabilizados nos seus efeitos em termos líquidos e não brutos, facto que, quer a Ministra das Finanças, quer V. Exa. parece terem alguma relutância em referir. Na verdade, muito mais do que acontece com cortes feitos em diversas outras despesas do Estado, quaisquer cortes em remunerações do trabalho ou prestações sociais traduzem-se sempre numa directa redução de receitas fiscais, sobretudo em IRS e IVA, que deve ser abatida ao seu valor bruto, para se avaliar correctamente o seu peso real em termos de benefício para as contas públicas. E não se contabilizam aqui, por óbvia dificuldade prática de avaliação, os seus nefastos efeitos indirectos como acrescido factor recessivo da economia nacional, devido fundamentalmente à redução do consumo interno e seu consequente contributo para o aumento do desemprego.

Já que V. Exa. prefere ir pelo lado da comparação de despesas com receitas, afirmando repetidamente que a receita de impostos corresponde aproximadamente às despesas do Estado em pessoal e prestações sociais, o que tornaria o futuro do País insustentável, dando assim a entender às pessoas menos informadas que o Estado não dispõe de outras receitas (algumas até especificamente destinadas a cobrir tal tipo de encargos), há então que esclarecer que as receitas globais do Estado têm sido aproximadamente o dobro do montante dos impostos colectados, incluindo, entre várias outras, as próprias receitas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações.

Assim, relativamente às prestações sociais só faz sentido colocar a questão também em termos líquidos, isto é, qual a parcela dos impostos que é necessária para cobrir o deficit dos sistemas de segurança social (SS e CGA). Ora este deficit, coberto por verbas do Orçamento do Estado, foi, em 2013, de cerca de 13.200 milhões de euros, correspondendo, portanto, a 36,5 % da receita de impostos (que totalizou 36.270 milhões de euros) ou a 18.2% das receitas globais do Estado (que totalizaram 72.410 milhões de euros).

Se juntarmos as despesas de pessoal em 2013 (10.700 milhões de euros) ao deficit da segurança social, obtemos as percentagens de 65,9% da receita de impostos e de 33% das receitas globais do Estado. Quaisquer outras comparações que se façam nestas matérias correm pois o risco de se tornar em pura demagogia. Por fim, importa ainda precisar o âmbito do conceito de prestações sociais e as particularidades específicas de cada uma delas, matéria em que V. Exa. não tem sido suficientemente pedagógico na missão de esclarecimento público a que se tem proposto.

A primeira observação a fazer resulta da confusão, por vezes levantada por quem pouco percebe do assunto ou tem perversas intenções, que consiste na pretendida inclusão das despesas do Estado em saúde e educação dentro do conceito de prestações sociais, o que é manifestamente errado. Este tipo de despesas, tal como as que correspondem a actividades de apoio à agricultura, às pescas, à indústria, ao comércio, à cultura, à investigação científica, ao exercício das funções de soberania (justiça, diplomacia, defesa e segurança interna), à concretização e apoios na edificação de infraestruturas e serviços públicos de reconhecido interesse comum, etc., constitui-se como uma obrigação do Estado no âmbito das suas responsabilidades constitucionais como prestador de serviços públicos, enquanto que as prestações sociais assumem sempre o carácter de compensações remuneratórias pagas pelo Estado aos cidadãos, no cumprimento de contratos com eles estabelecidos ou em outras situações previstas na lei normalmente relacionadas com apoios sociais da mais diversa natureza.

A segunda observação vai no sentido de procurar desmistificar a ideia de que as prestações sociais são uma “esmola” do Estado, cujo montante pode assumir valores discricionariamente estabelecidos consoante a necessidade de satisfação de outros encargos resultantes das prioridades estabelecidas em função das opções políticas tomadas ao longo de cada legislatura. E aqui temos desde logo que fazer uma clara distinção entre as pensões que resultam de carreiras contributivas normais e as demais prestações sociais. As primeiras incluem uma componente largamente maioritária que corresponde à capitalização dos descontos para a Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações (e está por provar que assim não seja), feita, ao longo de uma vida de trabalho, pelo próprio e pelas respectivas entidades patronais (descontada a devida parcela para o subsídio de desemprego).

Se o Estado retirou verbas dos respectivos fundos para outros fins alheios à sua finalidade, se levianamente perdoou dívidas de empresas à segurança social, se fez aplicações desastrosas das suas reservas, se imprudentemente nacionalizou encargos com pensões privadas utilizando as respectivas reservas para outros fins, em suma, se mal geriu e desbaratou os fundos da segurança social, e vêm agora os seus legítimos representantes defender, em estafados discursos de busca da sustentabilidade, que as pensões contributivas devem ficar pura e simplesmente dependentes da conjuntura económica e daquilo que a actual geração trabalhadora desconta, reduzidas ainda por cima de parcelas destinadas à recapitalização desses mesmos fundos que foram tão leviana e criminosamente desbaratados, então como quer V. Exa. que esta classe de pensionistas não se sinta profundamente revoltada?

Se não fosse alguma contenção até agora imposta pelo Tribunal Constitucional, os pensionistas contributivos já estariam a sofrer em pleno, no valor das suas pensões, a soma de vários efeitos penalizadores, que não podem nem devem ser-lhes especificamente imputados.

A sofrer pelos desmandos da irresponsabilidade e gestão danosa do Estado na segurança social, ao longo de muitos anos; a sofrer pela antecipação de reformas na função pública com a finalidade de se obter a redução das despesas de pessoal; a sofrer pela concessão de pensões vitalícias a detentores de cargos públicos com reduzidas carreiras contributivas; a sofrer pela inclusão no sistema de novos pensionistas com contribuições para fundos privados, sem que esses fundos tenham entrado no sistema; a sofrer pelos aumentos atribuídos às pensões não contributivas ou com reduzidas bases contributivas; e, finalmente, a sofrer pela carga que ainda lhes querem colocar para assegurar uma segurança adicional às novas gerações, para as quais, invertendo o discurso oficial em relação à actual geração de pensionistas, se pretende agora que na sua futura situação de pensionistas deixem de depender unicamente das gerações que se lhes seguirem.

Quanto às demais prestações sociais, isto é, as que não resultam de carreiras contributivas normais, elas correspondem afinal a compreensíveis e legítimas obrigações de solidariedade social com que o Estado se comprometeu, a fim de minimizar os efeitos de situações socialmente anómalas ou injustas tais como a extrema pobreza, a inserção social dos excluídos, as dificuldades na obtenção de emprego, as grandes deficiências físicas ou mentais, etc. Ora, estas situações, constituindo portanto encargos de solidariedade social de âmbito generalizado, devem então ser plenamente assumidas por toda a sociedade, proporcionalmente à sua capacidade contributiva, e não como sobrecarga a colocar maioritária ou exclusivamente sobre quem obteve a sua reforma após uma vida de trabalho com carreira contributiva para a segurança social.

A cobertura financeira deste tipo de encargos deve portanto ser feita a partir dos impostos cobrados a todos os cidadãos e não lançada injustamente só sobre uma parte deles, opção esta que infelizmente não deixa de estar na mente de quem actualmente nos governa. Uma das táticas seguida pelo actual Governo tem sido a de “dividir para reinar”, procurando colocar determinados grupos sociais, de quem espera obter apoio para impor determinadas medidas, contra outros grupos sociais sobre os quais pretende aplicar essas mesmas medidas. Assim, incentiva a “guerra” entre gerações por causa das pensões; apoia o sector privado contra o sector público para que neste último lhe seja mais fácil reduzir direitos e remunerações; e abre “guerras” dentro do próprio sector público para atingir os mesmos fins.

Há quem entenda que a política tem de ser assim mesmo. Acontece que V. Exa., voluntária ou involuntariamente, tem vindo a posicionar-se, nas matérias atrás referidas, muito mais como seu aliado do que como analista objectivo, isento e construtivo, o que sinceramente lamento. Senhor Dr. Medina Carreira: Eu não sou dos que têm medo das contas. Quero-as é transparentes e perceptíveis, o que infelizmente nem sempre tenho visto nas suas comunicações e diálogos. Desculpe-me o atrevimento de um conselho de alguém que é da sua geração. Não tenho a veleidade de lhe pedir que o siga, mas ao menos que o leia: procure ser mais pedagógico e menos demagógico nas suas lições televisivas. Muitos portugueses ficar-lhe-iam certamente agradecidos.

Com os meus melhores cumprimentos,

Lisboa, 25 de Julho de 2014

José Manuel Castanho Paes

1 Almirante, na reforma.

33 comentários a “Carta Aberta ao Dr. Medina Carreira (Por José Manuel Castanho Paes 1)”

  1. Joaquim diz:

    Resta saber quanto ganha o sr.almirante de reforma que tem boca e c… como toda gente
    os meus pais trabalharam duro uma vida inteira, hoje recebem 260€ mensais cada um, concordo plenamente com o Dr. Medina Carreira em tudo o que tenho ouvido nos seus debates, mas na minha opinião a culpa não pode ser imputada aos funcionários públicos mas sim aos incompetentes governantes que a troco de votos ao longo destes anos levaram o país ao estado em que está e digo em voz alta para todos ouvirem MEU RICO SALAZAR

  2. Rui Ferreira diz:

    Apenas algumas questões:
    cito: ” a dívida do Estado à segurança social (vista em sentido lato) se cifraria actualmente em mais de 70 mil milhões de euros” – uma coisa é diferente da outra? Parece-me apenas mera engenharia financeira! Não percebo o que se pretende justificar com esta afirmação!
    cito: “(alguns até falam em 80%) da despesa total do Estado, quando eles afinal representaram, em 2013, cerca de 30% dessa mesma despesa total ” – O que se pretende demonstrar com estes números? Que 30% seria um valor baixo?!! Que a função pública de um modo geral está mal paga?!

    Cito: “quaisquer cortes em remunerações do trabalho ou prestações sociais traduzem-se sempre numa directa redução de receitas fiscais, sobretudo em IRS e IVA,” – Por esta lógica não seria melhor pagar mais a quem quiser ter pensões, rendimentos mínimos, reformas antecipadas, ou, até, a quem não quiser fazer mais nada senão receber o ordenado ao final do mês para depois o ir gastando e assim produzir receitas?! É isso. Entendi bem?!

    poderia continuar mas o que me custa mesmo a entender é como é que alguém ainda se consegue rever em artigos deste genero! “Obrigado por me ajudar a exprimir” e etc…!!! Really?!

    O crescimento necessário é o de mentalidade e seriedade de toda a sociedade Portuguesa. Crescimento para pagar mais aos novos e velhos parasitas não me parece muito motivador para quem trabalha e lê disto quase todos os dias e que vem sempre sempre do mesmo quadrante.A função publica , no qual se inclui politicos , magistrados , forças armadas, etc…
    No estado, seja qual for o quadrante, quando “não há pão que chegue” todos reclamam. Seguramente sem razão.
    Curiosamente, aqueles que todos os dias são usurpados dos seus merecidos ganhos para se pagar a festa das ultimas décadas dentro de tudo o que é estado e mesmo “fora dele”( EDP, BRISA, PT, …..), não se queixam muito. Pagam e pagam e pagam e estão calados. Os que recebem e recebem e recebem, nunca chega, são umas vitimas , estão a rouba-los e ainda são eles que produzem receita.

    FANTÁSTICO.

  3. Miguel C. diz:

    Ou seja, por outras palavras, o Dr. Medina Carreira até tem razão, mas deve-se encontrar a solução do problema nos restantes 30% e não nos 70% que constituem os salários e as prestações sociais. Compreendido Sr. Almirante, mas o meu caro não se preocupe que o Dr. António Costa já prometeu repor tudo, quem sabe até com retroactivos. Esta é a lógica Portuguesa que vem dando cabo do país paulatinamente, reconhecemos que o país está mal, que há que fazer reformas, mas nunca na corporação que integramos, e como nunca nenhuma aceita qualquer tipo de reforma, elas nunca se fazem!

  4. Celia diz:

    Sé gostaria de saber quanto recebe de reforma o Sr Almirante, onde num País o ordenado mínimo é de 485,00 euros, sem esquecer as regalias que têm, não se esqueça que o sector privado não beneficia de nenhuma, e as regalias não o beneficiam só a si, mas toda a família! E a maioria dos trabalhadores do sector privado que desconta ganha o salário mínimo, sem contar os que vão fugindo para o estrangeiro, é claríssimo que é insustentável e depois as despesas de subsidio de desemprego são quase praticamente para o sector privado, porque não existem desempregados para o sector público. É claro que o País vai ao fundo independentemente de como como se fazem os cálculos entre receitas e despesas.

    • Nato diz:

      Então você gosta do que se está passando? Já agora diga lá quanto tem de reforma ou algum dos seus parentes. Se acha que este pais está sendo justo naturalmente pertence ao grupo dos boys ou das vacas dos partidos. E esses não precisam de emigrar. Basta esperar que o partido faça o orçamento e reparta o bolo. Eu não sei quanto o sr Medina carreira aufere nem estou interessado. Só sei que eu não vendi nada, não negociei nada, não governei nada, não geri nada, não aprovei nada contra o povo por isso não sou culpado de nada, mas o sr. Medina É. E como ele milhares de gente que aufere vencimentos exorbitantes sem nada lhes ser cortado, de ver governantes repletos de mordomias e suas famílias, de perceber que os negócios do estado são negociatas privadas onde todos comem menos os que têm fome. Dai passe bem e continue com os seus 485€€€€….

    • José Augusto diz:

      Já agora também deveria ser averiguado quanto descontou para se poder apreciar quanto recebe agora de aposentação.
      Certamente é compreensível e aceite por todos que o que se recebe de aposentação tem que ser proporcional ao que se descontou (valor e tempo).
      Não se pode querer que quem descontou 100 durante 40 anos tenha uma aposentação igual a quem descontou 10 durante os mesmos 40 anos.
      Estarei enganado?

  5. Moreira diz:

    Fiem-se na Virgem e não corram …

  6. L.Sousa diz:

    Este senhor quando fez parte do governo o que la esteve a fazer por que não diz quanto recebe de Reforma((reformas)) a quantos anos esta reformado do Governo tem uma coisa ele e que tem sempre Razão os outros e que são estúpidos de esse lugar a outro e vá gozar as reformas acumulados que tem ou será mentira nos sabemos o quanto ganha bolas já cansa ouvi-lo

  7. Rui pereira diz:

    “Meu país recém-nascido/Ofendido e magoado/Por que vozes és cantado/Por que mãos és dirigido/Quem te ensina um novo fado/Ó meu país renascido.”

  8. E quanto é que o Medina tem de reforma para andar com moralidades? É que se diz em surdina que são 25 mil por mês…quer esclarecer?

    • Natalia Neves diz:

      Gostaria muito de saber realmente quanto recebe o Dr. Medina Carreira de Reforma ????? e se vai a Televisão de Graça fazer comentários?????. Os que mais Ganham neste país são os mais criticos com a miséria que grande parte dos trabalhadores deste país REFORMADOS ganham??????.

  9. Treco Lareco diz:

    Vc é um chato, José Manuel Castanho Paes.
    Ou é directo, sucinto, arrasador – ou ninguém o lê, ninguém liga nenhuma ao que vc diz.
    E eu, ainda por cima, estou convencida que tem razão depois de ter lido as duas linhas que li.
    Vá! – coragem, e faça como ele: Seja curto e grosso..
    Beijinhos

  10. Jq. Pilro diz:

    Concordo plenamente com aquilo que li, e já agora gostaria de saber qual a opinião do Sr. Dr. Medina Carreira sobre o assunto em questão
    <mto. Obr.

  11. Jorge Marques diz:

    O Sr. Medina Carreira gosta de apresentar um exemplo popular para que todos possam compreender:
    uma casa de família que tenha 1.500 euros de rendimento não pode gastar 2.000. Muito bem, mas esquece-se de referir nesse exemplo o seguinte: se um elemento dessa família gastar os 2.000 euros, porque é que vamos “culpar” ou seja sobrecarregar com impostos os restantes elementos da família?
    Passando ao Estado, pergunto, qual é a culpa dos funcionários públicos ou dos portugueses em geral, sobre os maus governantes que temos tido?

  12. Hernani Martins diz:

    Vamos a eles!!

  13. António Veiga diz:

    Finalmente houve um português que respondeu categoricamente ao sr.Dr. Medina Carreira.
    Quando vejo o programa só tenho vontade de estar presente para desmascarar determinadas declarações desse senhor.Porque é que a direcção de programas não convida economistas da
    Intersindical e da Ugt para debaterem temas de interesse para a vida social e económica do
    país.Um dos assuntos que gostaria de ser focado é a participação do Orçamento de Estado
    para a CGA devido aos descontos dos novos “colaboradores” serem feitos para a Segurança Social e não para a CGAposentações.
    Obrigado Sr. AAlmirante

    • Maria Santos diz:

      Concordo com o que diz. A CGA está a ser impedida de aceitar contribuições de novos subscritores, suponho que desde 2009 (?). Ora, desta forma, é difícil acertar as contas entre contribuições reais e pensões pagas.

  14. esmeralda diz:

    Mas ele foi dos que avisou com tanta antecedência, caramba! Por essas alturas ninguém ouvia nada, ninguém estava interessado em ouvir e ver os alertas. Todos assobiavam para o lado. Todos se acomodaram. Eram os “velhos do restelo”. Agora é que incomoda o que ele diz? Têm razão. Incomoda demais. Porque a deficiente gestão, a corrupção, a roubalheira nos dinheiros públicos que durou décadas não vai deixar-nos em paz por mais uma quantas gerações! E creio, até, que vamos chegar lá: ao momento em que não haverá dinheiro para pagar pensões, segurança social, direitos adquiridos!

  15. Glória Mateus diz:

    Sra. MARIA PAIVA. Finalmente alguém ouve tudo o que o Sr.Medina Carreira diz !!! De facto o problema do nosso país é que só ouve o que convém !!!

  16. Luis martins diz:

    Por mim não precisa debate o sr. Medina carreira sendo um ilustre, já não faz lá nada e recorde-se o sr ministro da educação quando estava no programa.
    Sr Almirante retratou as minhas ideias pena tenho não ter a sua capacidade descritiva e conhecimento, mas eu não conto, salve o Sr. Obrigado.

  17. Berto Pinto diz:

    Muito bom…. obrigado senhor Almirante por expor os meus sentimentos!

  18. Paulo Simões diz:

    Excelente texto que alerta de uma forma pragmática para aquilo que, juntamente com outros temas como o da responsabilização da classe política pelos seus atos, deveria ser tema de discussão aberta e esclarecimento correto da opinião pública.
    Permita-me o autor que lhe lance o desafio de difundir este texto por outras formas de difusão de informação.
    Paulo Simões

  19. Paulo diz:

    Sr. Dr. Medina Carreira,
    Seria interessante convidar este senhor para debater consigo no seu programa este ponto de vista… O que é que acha???

  20. Arnaldo Primo diz:

    Eu que sou bastante rude em perceber por vezes os comentarios do Sr. Medina , fiquei tão bem esclarecido com esta carta aberta do Sr:Jose Manuel Paes , que só me apetece agradecer-lhe e diser-lhe obrigado pelo esclarecimento !!!

  21. antonio diz:

    concordo plenamente , e ainda digo se alguns dos falas baratos e que podem pagar , pagassem , estas contas já estava saldado

  22. José Albano Gouveia diz:

    AMIG@S: Alerto-vos para o seguinte:
    Há Centenas de milhares de Idosos, Pensionistas.
    Há Centenas de milhares de Desempregados, incluindo, Imensos Jovens
    O Sistema de Análise, de um Projecto Económico/Social, para Portugal terá que abranger
    todas as Equações, e não só algumas, de forma a obtermos, com base nos Recursos e Necessidades,
    uma ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE, conforme aos OBJECTIVOS DOS PORTUGUESES!
    Esse é o Repto que centenas, milhares dos nossos cientistas, poderão propôr, se lhes fôr requerido,
    por um Poder Político, sufragado pelo Povo!
    Um abraço, José Albano Gouveia

  23. Fausto diz:

    Boa tarde,
    os meus parabéns pelo magnífico texto que, no mínimo, deveria ter o tratamento de carta ao director do canal em questão e a todos os directores de jornais, em particular os económicos.
    cumprimentos,
    Fausto Monteiro Grilo

    • Medina Carreira não coloca a culpa sempre nos funcionários públicos nem insiste que os cortes devem ser feitos apenas aí. As pessoas que o escutam sabem que ele defende os cortes nas PPP, nas rendas da EDP e noutras fontes de despesa criminosas e corruptas, e diz que os governos cortas nos FP e nos reformados porque é o mais fácil e imediato. Mas ele sempre defendeu os cortes nas outras despesas. E reclama sempre uma reforma do estado social. Se o escutarem com atenção percebem isso.
      A comunicação social é que insiste em o consultar sobre o assunto dos reformados e dos FP mas se ouvirem o resto da opinião dele depressa se percebe que ele defende outras coisas.
      Não há estado social sem economia e sem dinheiro, e agora descubram como é que ele explica porque não há dinheiro nem economia para o estado social…. DEVIDO À CORRUPÇÃO.

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