Crucificação ou apedrejamento? Uma cena à Monty Phyton… ( por Anabela Ferreira)

Sobre vacinas também tenho uma opinião e a primeira é que deveria haver uma contra a nossa tendência para crucificar ou apedrejar. Já vem do tempo de Jesus. Os romanos como conhecem bem a nossa propensão à definição de culpa e castigo dos outros por dá cá aquela palha, desatamos a divulgar noticias falsas como a do jornal Expresso, que acusa levianamente a mãe da adolescente que morreu com sarampo de ser contra vacinas. Pobre mãe…não lhe chega perder a filha porque o sistema imunitário falhou. Mas nós somos todos médicos, cientistas…como somos treinadores da bola.

Divulgo aqui o que diz na página dos “Truques da Imprensa Portuguesa :” Segundo afirma a diretora clínica do Hospital de Cascais ao Público, a decisão da não vacinação deveu-se a uma “reação alérgica grave” a outra vacina e não a uma opção unilateral da família.”

Paremos de crucificar levianamente todos os que nos “parecem” culpados. Se somos a favor ou contra vacinas, discutamos o assunto com critérios científicos como o fizeram Pasteur e Bernard. Pasteur ganhou. Mas…

Não serve de nada vivermos apedrejando, chamando estúpidos e idiotas aos que são contra- por razões idiotas ou ignorantes ou de desconfiança e falta de esclarecimentos rigorosos – todos aqueles que como eu estão armadilhados neste planeta corrupto, que engana com intuito de controlar, com indústrias como a farmacêutica que enganam, têm os seus próprios interesses e apenas visam lucros. Mas também salvam pessoas.

Ou com a própria comunidade científica paga por interesses obscuros- algumas- a degladiar-se por razões desconhecidas que nem sempre contemplam o bem comum.

Ou achamos todos que na comunidade científica não há homens corruptos?

Por exemplo, a malária doença que mais mata em África, alguém pensa que não existe vacina ou tratamento eficaz?…Pois eu acho que muito nos esconde – por interesses obscuros- a comunidade científica.É apenas uma intuição nada científica claro.

Os pais que são contra são-no por desconfiança com argumentos pró Bernard. Não o são por gostarem menos dos filhos ou por não quererem o bem da sociedade onde vivem.

Importa esclarecer com um largo e sério debate público os argumentos pró e contra. Já foi feito? Perguntar aos médicos? Claro, mas saberão eles- não os considero Deuses na terra- dar todas as respostas ou dão apenas a parte que é obviamente a que segura o bem colectivo escondendo parte da outra informação?

Médicos há que falam mas cabe aos pais decidir. Tudo isto precisa ser falado em voz alta. Ter informação e conhecimento racional, lógico, científico.

A culpa é SÓ dos pais? Não! e esta é a única certeza que tenho.

Eu também sou contra o uso de vacinas se elas trouxerem mais malefícios que benefícios. Não são falsos os efeitos colaterais e no sistema imunitário. É científico não teoria da conspiração.

E sou a favor para o bem colectivo. Os pais, os avós, as famílias estão desorientadas e cheias de dúvidas e algumas certezas, nascido do medo.

São de condenar? Apedrejar e crucificar?

Claro que não, por favor usemos o bom senso!!

Questionar faz parte da evolução. Ou Galileu teria sobrevivido à fogueira.

Hoje teremos todas as respostas claras? Infelizmente não, Bernard tinha tanta razão quanto Pasteur…Nada é preto e branco. Nas vacinas, também há zonas bem cinzentas.

E eu…bem, não tenho certezas absolutas e estou preocupada com a saúde das crianças, dos adultos e a velocidade com que pegamos em pedras com assuntos destes.

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