Direitos humanos, a minha causa (por Anabela Ferreira)

ANGOLA (1)Dizem que estou a dar a mão aos imperialistas que subvertem jovens e os incentivam a ler livros subversivos e revolucionários para tomarem conta de Angola como o fizerem noutros cantos do planeta. Pois bem, saibam que luto contra esses também. E não, não é um paradoxo. Luto contra quem come sentado e rindo-se na minha cara, o meu pequeno-almoço.

Diz o argumento dos comunistas (que honestamente não sei se vivem no mesmo mundo que eu e não vêem o que se passa em Angola) que sou ignorante, primária e anti qualquer coisa. Têm direito a esta opinião e morrerei a defender o direito à liberdade de a usarem.

Dizem que é ingerência…Quando eles no passado pediam ingerência dos outros estados para nos libertarem do fascismo de Salazar (e bem, em Portugal), foram presos e morreram, apoiaram ( e bem) os movimentos de libertação. Com os interesses que todos sabemos também. Não há almoços grátis pois não?

O mundo mudou e hoje não faz nenhum sentido apoiar, num país imensamente rico, o partido e o homem que usurpou o poder e transformou o seu país rico na sua própria riqueza.

Isto é falar pela voz do dono…dizem…Serei eu a ignorante.

Vejamos a Líbia do ditador Khadafi. Rica, uma ditadura, sem fome e petróleo ao serviço de todos. Depois da invasão imperialista, o caos. O mesmo querem fazer em Angola dizem…

Angola é hoje rica, mas uma ditadura, não tem fome, sem doenças, petróleo e diamantes ao serviço do povo para a educação, a justiça, a saúde, o desenvolvimento…tal como Singapura…(e agora o burro continuo a ser eu?)

Não, não será o caos se Angola cair na mão de jovens, filhos dos revús de ontem ou de outros Angolanos. Pior do que está nas mãos dos revús de ontem, não fica.

Por isso não os entendo (ou entendo) ao estarem ao lado do amigo da onça PSD. Verdadeiras amigos da onça.

Só para que conste, ignorante que sou de todos os interesses envolvidos, -e tal como as bruxas “que los hai, hai”- sempre darei a mão à voz dos direitos humanos de qualquer humano que a ele tem direito. Contra imperialistas, comunistas, fascistas, e outros “istas” e ismos”.

Esta é a minha política, a minha batalha, a minha cassete. À esquerda e à direita. Ouviram? Pelos direitos dos humanos de todas as classes sociais. Contra o domínio de uma classe por outra, até chegar a um mundo de cooperação e paridade de oportunidades. Por isso defendo que cada cidadão deve ter direito a ver cobertas as suas necessidades básicas. A partir daí o mundo será diferente. Com fome somos todos escravos cegos de quem nos deita as garras. E não fui eu que inventei esta ideia.

Ingerindo-me na casa dos que os roubam se preciso for é o meu lema para conseguir esta utopia.
Se uma mulher estiver a ser violada na casa ao lado, arrombo a porta e tentarei resgatá-la. Isso é ingerência e nem peço desculpa por pensar assim. Tenho essa liberdade, sem ganhar o direito a ser insultada na minha inteligência. Porque o burro não sou eu.

É na divisão entre todos nós que aqueles que se querem movimentar nas sombras ganham poder.

Os corruptos e usurpadores de um poder que lhes é dado por meios ilegais e sujos já comeram os meus direitos ao pequeno almoço.

Agora vou resgatá-los e ajudar outros a fazerem-no. Em Angola, na Síria, na Guiné-Bissau, ou onde for necessário ingerir-me a falar em nome deles. E agradeço que não me insultem a capacidade de pensar criticamente nas esquerda e nas direitas que me oprimem e julgam burra.

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