O Tribunal da Relação de Coimbra negou provimento ao recurso do Ministério Público que visava a condenação do homem sobre quem recaiu suspeita de ser o estripador de Lisboa. Em causa estava agora um crime de homicídio de uma prostituta em Cacia,
Ao JN, Poliana Pinto Ribeiro, advogada de José Guedes, diz já ter conhecimento de que foi proferida a decisão, embora ainda esteja a espera da notificação oficial. Já não há mais possibilidade de recurso.
José Guedes foi apontado como estripador por ter confessado aqueles crimes em entrevista à jornalista Felícia Cabrita, do jornal “Sol”, mas depois de ser preso pelo homicídio de Aveiro veio dizer que as suas declarações não deviam ter sido levadas a sério.
Durante a leitura do acórdão sobre o caso do “estripador de Lisboa”, em janeiro de 2013, o juiz desvalorizou a entrevista do arguido José Guedes à jornalista Felícia Cabrita, onde José assumiu a autoria dos crimes de Lisboa e de Aveiro, apontando a existência de “várias contradições” com os factos.
Quanto ao crime de Aveiro, o tribunal entendeu ainda que o arguido “limitou-se a confirmar várias sugestões que a jornalista ia apontando”.
Na ocasião, há um ano, o juiz-presidente censurou, no entanto, a conduta do arguido, realçando que o mesmo “envolveu o tribunal, meios materiais e humanos, despesas enormes”.
“Medite bem nisto para se alguma vez lhe passar na cabeça querer ser famoso outra vez”, afirmou o magistrado, dirigindo-se ao arguido.
Após ter estado mais de um ano em prisão preventiva, José Guedes saiu em liberdade do tribunal, acompanhado da mulher e do filho.
Dois dias depois, a 18 de janeiro, José Guedes concedeu uma entrevista ao JN, na qual confessou que a “brincadeira saiu bem cara”.
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