A 6 de Agosto foi lançada a bomba atómica sobre as cidades Japonesas de Hiroshima e Nagasáki. Desenvolvida por grandes cientistas, no projecto dirigido por Openheimer, num laboratório secreto no Novo México.
Sabemos o quanto, meia-duzia de humanos dão o cu e cinco tostões por projectos secretos…O primeiro passo do terror estava lançado. Hoje a ameaça volta a estar latente, presente, como se fôssemos saborear o gosto de terra ácida na boca a qualquer momento. Esperem, não chegamos a ter tempo para saborear. Acaba-se tudo antes. Não nos esqueçamos que a política é o jogo do medo.
Há dois países no Oriente Médio, com armas nucleares e com tendências suicidas porque não basta o que andamos a viver mais ou menos desde a Guerra Fria – que nunca congelou. Tem andado a aquecer em estado de banho-maria nuns dias, noutras a altas temperaturas, com prec´s – processos de regulação de temperatura em curso.
Somos como uma doença auto-imune (ou o cancro) porque esta ataca o hospedeiro, mata-o, matando-se. Para os comuns mortais, que querem ir de férias para molhar o pé no sal e o bico do lábio na levedura, o cérebro humano não está preparado para reconhecer o pior, o absurdo, o bizarro, o impensável, o até inconcebível. Achamos sempre que o inconcebível não é possível acontecer. E no entanto…Os impensáveis e inconcebíveis estão a acontecer em rápida ascensão desde 2020. Num qualquer lugar perto de si…
Não sentem a temperatura?
O pior aconteceu na Alemanha nazi, aconteceu em Hiroshima e em Nagazáki. Está a acontecer em Gaza. Já aconteceu em diversas geografias. Meus amores, e isto só na história contemporânea. Por exemplo, alguém diria que o pior podia acontecer, nos tempos de hoje em Gaza? Alguém poderia crer que de verdade o racismo cresceria desta forma? O ódio entre pessoas? A fealdade e a crueldade chegariam a este ponto? Alguém conseguiu imaginar a destruição da qualidade de sobrevivência (porque são poucos os que conseguem viver) dos nossos tempos, com tudo, toda a tecnologia, todo o conhecimento, todos os instrumentos à nossa disposição?
É improvável estar a acontecer agora? Parece absurdo? Porque haveria de ser, se são os da mesma espécie de humanos a decidir a vida e a morte? A guerra e a paz?
É pena. Não foi por falta de visão de uns quantos. Não sou Pitonisa nem comentadeira, sou só uma pequena artista, nem quero ser pessimista, porque os artistas são feitos de massa esperançada sempre a levedar, porém cada dia sinto mais perto o cheiro de napalm. Tudo está a acontecer de pior e por mais que estique os olhos não vislumbro nenhum adulto na sala das brincadeiras.
A sério a sério, preferia ter as minhas netas e outras crianças que conheço, a gerir a ala do manicómio que é esta creche.
Anabela Ferreira
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