Pessoalmente, sou contra Hospitais. Aceito que são lugares imprescindíveis mas apenas porque têm um H gigante no chão onde aterram helicópteros que trazem doentes dos olhos e fumam sativa para melhorar a visão. De resto, pouco mais – talvez para auxiliar alguém com uma tosse cerrada. As manias modernas da confiança na Medicina tiram-me do sério. Enojam-me, até. Confio muito mais nos ensinamentos do injustiçado Professor Mestre Abibu.
“Encontra-se no nosso país um Grande Mestre de Astrologia, internacionalmente reconhecido com 23 anos de experiência.”
Acredito no natural, muito pouco no científico (para não dizer nada). Por exemplo, os partos: deveriam ser maravilhosas festas biológicas sem grandes enfeites tecnológicos ou “especializados”. A cura e a descoberta pela dor. A mulher deveria sofrer para, parindo, receber a luz violenta da gestação. Os animais não são menos do que nós e é o que fazem – aceitam, absorvem, gostam da violência física quando parem porque é essa a sua natureza. Ou alguém acha que uma suricata, um coala, um porquinho-da-índia, uma anémona preferem epidurais às epidemias?
“Ajuda a resolver problemas dos mais difíceis ou graves com urgência e honestidade como são: Amor, Amarração da mulher em 7 dias e do homem em 8 dias, impotência sexual, mau olhado, depressões, negócios”
Infelizmente, a vida, apesar de ser esta universal roldana de luz e sonho, nem sempre é compreendida pelos seres humanos. Há cerca de 3 anos e alguns meses, tive uma experiência que, por ser educado, apelidarei de “degradante” e que, de alguma forma, me transformou para a eternidade. Enfim, vamos sempre florescendo (apesar de tudo).
“justiça, inveja, doenças espirituais”
Sigo directo ao assunto: aquando da gravidez da minha companheira, não lhe interessando os meus protestos, ela decidiu que deveríamos ter o rebento num Hospital. Insurgi-me. Propus que tentássemos as experiências milenares dos eremitas da Namíbia, aconselhado por Mestre Abibu: o feto nasce em berço de pele de búfalo. Uma coisa muito mais natural. Debalde. Sem aviso, as águas rebentaram-lhe na estrada de Benfica. Com o tempo limitado e impossibilitados de chegar à Namíbia à hora certa, optámos pelo Amadora-Sintra (o que se veio a revelar um erro bonito). Ali, inundados de cateteres, agulhas, soro e demais panóplias cirúrgicas, observei bem a forma como os médicos abusam do corpo feminino em seu proveito: será que era necessário olhar durante tanto tempo para o interior da minha companheira, vilipendiando-lhe a nocturna intimidade e a sua alma cósmica apenas para retirar dela o nosso Sol?
“emprego, vícios, drogas, alcoolismo”
Mas estamos felizes. Sol nasceu com três quilos e quinhentos. Tem o nariz da mãe, as orelhas do Pai. Ainda antes de ver o meu filho, extasiante liguei a Professor Mestre Abibu a agradecer o extraordinário trabalho que fez por nós. Sem ele, teria sido impossível.
“Lê a sorte e faz-te saber o teu passado, presente e Futuro. Faz consultas pessoalmente ou à distância”
Ricardo Silveirinha
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