Diz-se que cada um tem aquilo que merece. nós como Povo devemos merecer os líderes que temos.
António José Seguro criticou ontem, na Alfândega do Porto, António Costa. Na prática a sua critica é mais um elogio que uma crítica. Disse o (in)Seguro líder da oposição que “agora que o PS tinha quase a certeza que ganhava as eleições”. Quase? Ele disse mesmo quase?
Bem sei que o “quase” é algo muito nosso, muito Português, estamos habituados a isso. Quase fomos campeões europeus, na maioria das vezes quase não chegamos à fase final dos campeonatos, o PS quase não ganhou as eleições europeias e António José Seguro é quase um herói para as forças do regime que acendem muitas velas e rezam muito para que ele se mantenha no cargo.
Quando um líder afirma publicamente que tem “quase a certeza” é bem revelador do tipo de líder que se trata, é um líder claramente (in)Seguro. Não é um líder que transmita confiança às massas. Um líder não tem quase a certeza que vai ganhar, um líder tem a certeza que ganha e transmite essa certeza com convicção.
Há cerca de um ano tive a oportunidade de, com a separação de dois ou três dias, estar presente em duas cerimónias, numa esteve Pedro Passos Coelho na outra António José Seguro. A experiência, como foi em datas muito próximas, foi assustadora. Tive uma estranha sensação de dejá vu, não consegui encontrar diferenças entre o líder do regime e o que supostamente é o líder da oposição, isto é muito preocupante. Independentemente da ideologia politica de cada um de nós é saudável para a democracia, é vital, a existência de alternativas, a existência de diferenças.
A semelhança entre o líder do regime e o (in)Seguro líder da oposição vai ao limite de um dizer, certamente de forma irónica, não ter “pressa de chegar ao pote“, o outro dizer que o “poder é apetecível”. Será que ninguém consegue explicar a esta gente que o que o País necessita é de gente com espírito de missão, alguém com espírito de sacrifício que coloque o supremo interesse da Nação acima dos seus mesquinhos interesses pessoais e/ou partidários.
António José Seguro acusa António Costa de até ao momento não ter mostrado nenhuma ideia. Quem o ouvir falar até fica a pensar que ele é uma nascente de ideias. Há montes de tempo que o líder do regime o anda a acusar a ele do mesmo. Estão a ver como são parecidos?
Seguro afirma, como é nele normal, um pouco (in)Seguro que Portugal precisa de “um líder de coragem que avança nos momentos difíceis”. Lá está, não pode ser ele, um tipo que quer animar a malta e diz que tem “quase a certeza que ganhava as eleições” não é o líder forte que defende ser necessário para Portugal. Estou mesmo a imaginar, perante um momento difícil o (in)Seguro ficar “quase” sem saber o que fazer “ai não sei que faça, não sei se vá, não sei se fique”.
Há no entanto uma diferença entre o líder do regime e o (in)Seguro líder da oposição, o primeiro não andou como o segundo a alterar estatutos internos para para se proteger duma eventual queda do apetecível poder. Alterações, acrescente-se, segundo algumas opiniões deixam muito a desejar à forma procedimental adoptada para as aprovar.
Para terminar este desabafo há um outro factor que não pode ser de todo ignorado. Tem de haver coerência no discurso, quem é (in)Seguro para se submeter à superior vontade dos eleitores do seu partido recorrendo a truques como querer por o “inimigo” a votar nele não tem moral para pedir a outros, neste caso ao líder do regime,que se demita.
[…] Continua… […]
Ol (in)Seguro – que não vale um pataco – quer demonstrar por um passe de mágica que afinal é… (in)seguro. Mas, que eu saiba, o Luís de Matos não dá aulas a um (in)seguro secretário-ainda-geral do PS. Sou militante (creio que, agora, tenho o n.º 214), já vinha da Juventude da ASP (Acção Socialista Portuguesa) e nunca vi um suposto líder utilizar – como o texto muito bem diz – a palavra “quase”.
Só a entenderia se fosse numa frase como esta: o quase ex.secretário-geral do… etc A direita, essa sim, está (in)segura porque o inquilino do palácio de Belém, num intervalo de sanidade mental, afirmou que não queria crise política neste momento. Coelho e Paulinho que já esfregavam as mãos com eleições antecipadas que ganhariam face a um PS com um (in)Seguro à frente,, encolheram as unhas e ficaram a meditar no que vinha a público: aumento do número de desempregados, enorme aumento do défice, e outros.
Abç