Foi Isaltino Morais que ordenou que se realizasse uma auditoria externa à Universidade Atlântica, da qual a CM Oeiras é a principal accionista, logo que soube que Marques Mendes recebia o vencimento de presidente da direcção através de senhas de presença. Recorde-se que Marques Mendes foi dos que mais falou a favor da condenação do homem que lhe deu a mão, quando, em 1999 o nomeou para tal cargo, era ainda um político sem curriculum…
Isaltino foi acusado de corrupção, mas essa acusação, acabou por prescrever. Ainda assim, Isaltino foi mandado prender antes de a decisão transitar em julgado, naquele que foi um “erro” judicial de enorme gravidade num Estado de Direito… E ainda por cima não foi só uma vez.
Condenado por Fraude Fiscal, devido às contas na suíça, que se presumiu serem dele, presumindo-se assim que obteve ganhos que não foram declarados… Apesar de sempre ter justificado tais depósitos com alienações de património próprio, investimentos, heranças e cerca de 400 mil euros de sobras de campanhas. Tal bizarria jurídica, faz recordar a inversão do ónus da prova e do princípio in dubio pro reo, que levou a que o Tribunal constitucional declarasse inconstitucional o “crime de enriquecimento ilícito”.
Condenado a prisão efectiva, por um crime pelo qual nunca ninguém em Portugal tinha ido preso, nunca o Tribunal ponderou como atenuantes o facto de ter transformado um dos Concelhos mais pobres e rurais da Grande Lisboa, naquele que foi considerado local da Europa onde os residentes têm melhor qualidade de vida, sendo, ainda, o concelho onde são praticados salários médios mais elevados.
Recorde-se, ainda, o episódio da compra, por Duarte Lima, de vários terrenos, avaliados inicialmente em 48,75 milhões de euros, com um empréstimo do BPN. Terrenos onde se previa a construção do novo I.P.O., embora o Plano Director Municipal de Oeiras nunca tenha previsto qualquer alteração do estatuto de Reserva Agrícola Nacional com que continuam classificados os terrenos adquiridos e que impede a sua urbanização. Dois anos depois as parcelas valeriam menos 18 milhões de euros e descoberta a (alegada…) burla de Duarte Lima.
Entretanto, 170 militantes do PSD/Oeiras próximos de Isaltino Morais, receberam cartas do Conselho de Jurisdição (CJ) social-democrata, assinadas pelo punho de Jorge Bacelar Gouveia, que avisam que os militantes incorreram na “infracção prevista, no n.º 3, do art.º 9.º, dos Estatutos Nacionais do PSD”, sendo-lhes aplicada “a sanção de cessação da inscrição no partido.”
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