Médicos grevistas ameaçados corte no subsídio de assiduidade

Denuncias chegam de todo o país, diz FNAM. Paralisação terça e quarta-feira começa a ter impacto já hoje.

A Federação Nacional dos Médicos diz que alguns clínicos estão a ser ameaçados com cortes no subsídio de assiduidade caso adiram à greve marcada para amanhã e quarta-feira. Trata-se de um protesto contra a reorganização hospitalar convocado por este sindicato dois anos após uma paralisação que parou o sistema de saúde.

Os médicos que aderirem à greve da próxima semana vão sofrer um corte no subsídio de assiduidade As denúncias chegam de todo o país. A FNAM considera a medida é ilegal. »A medida é perfeitamente ilegal e – é importante termos esta ideia – várias vezes já aconteceu», disse à TVI Mário Jorge Neves, da Federação Nacional dos Médicos, adiantando que posteriormente os tribunais vêm repor essas verbas.

Os efeitos da greve dos médicos devem fazer-se sentir já hoje. A paralisação só começa à meia-noite e, ao contrário da greve de há dois anos, não deverá ter tanta adesão já que o Sindicato Independente dos Médicos não aderiu.

Só no espaço de um mês, a Ordem dos Médicos recebeu mais de 200 queixas de falta de material e de clínicos.

A paralisação vai afectar sobretudo as consultas e as cirurgias agendadas. Estão garantidos os serviços mínimos, nas unidades que funcionam 24 horas por dia como as urgências e os cuidados intensivos. Ainda assim, a Ordem dos Médicos aconselha os utentes a não recorrem aos serviços de saúde públicos até ao final da greve.

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