A Norte, uns índios – assim chamados porque Colombo estava convencido de ter chegado à Índia e teve a sorte de os tais índios não lhe terem afundado as naus – os poucos e verdadeiros ecologistas deste planeta, lutam há séculos por terras sagradas onde sempre viveram muito antes dos primeiros peregrinos, emigrantes e refugiados europeus aí chegarem em busca de uma vida.
Estes refugiados e emigrantes cometeram genocídio sobre os índios antes de se saber o significado da palavra ou de haver tribunais internacionais em Haia para julgar crimes contra a Humanidade. Roubaram as terras sagradas, expulsaram os Índios e vingaram. Acabava de nascer o sonho americano.
Os índios, de umas terras foram expulsos e para outras, acordos de reservas foram feitos. Alguns desses acordos foram sendo desrespeitados ao longo dos tempos.
Na segunda parte do filme, os descendentes armados dos armados peregrinos – pagos pelos impostos dos índios e de todos os cidadãos que deveriam defender – não apenas voltam a desrespeitar acordos e tribunais, como voltam a atirar sobre os “perigosos” descendentes dos índios que protestam descalços e com penas nas cabeças – armas perigosas – para que de novo as poucas terras sagradas que lhes restam, não sejam de novo nem roubadas, nem poluídas com a construção, por uma grande corporação (coisa menor diga-se) de um “pipeline” para o ouro negro, combustível da cobiça. Ouro esse que já está a contaminar as águas no subsolo. E não é de dourado mas de veneno negro.
Corporações versus Índios. Quem vai ganhar?…
As séries são diversas. Se não for nas terras dos índios, é nas terras dos pretos, ou na Europa, ou no Médio-Oriente…ou…(preencher o espaço em branco com o nome da série). Em comum levam o nome de um deus qualquer que quer que assim seja.
Talvez eu esteja num planeta reality show de outros planetas a viver num sistema sujo e doente que tem vigorado e tomado conta da vida colectiva e individual.
A apresentação é feita pelas trampas das marias leais de e ao serviço. A voz deixa-me entrar em todas as salas para ver os filmes e as séries e não deixar de me espantar com ficção violenta de rara qualidade…
Ah é verdade, pelo meio tem uma disputada eleição com uns candidatos, descendentes dos peregrinos, que parecem saídos de hospícios pouco recomendáveis. A trama é tensa e intensa. Mas tem partes nesta parte da série que são o alívio cómico/ absurdo da série. Ganhe quem ganhar o absurdo vai continuar mas sem as partes cómicas.
Estou em pulgas pelos episódios finais da série “Era uma vez na América”. Com os amigos índios por quem eu torço.
Ou então não acaba. A série funciona bem há milénios e em sistema vencedor não convém mexer…além do mais é aceite e vende bem…
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