“Nossa que biolência”. Carago! Não queria escrever sobre este tema, mas ele é mais forte que eu. Por causa dos meus impostos indirectos. Pela morte anunciada da Nação. E pela vontade que me provoca de bolsar.
Não me tramem. Os gostos também se educam sim!
Não vejo televisão, aliás nem sequer tenho aparelho. Mas na factura da luz pago a taxa do audiovisual para pagar os ordenados da RTP. Porque há muitos e bons músicos que respeito. Só por estas razões, decidi escrever.
Repito, pensei que o festival tivesse falecido quando eu tinha 15 anos. Enganei-me. Está vivo mas não o recomendo. A menos que deteste mesmo o meu inimigo.
Tudo está podre no Reino. Ao contrário, mau e sem nexo. Depois disto decrete-se o fim do mundo.
E nem com muito, muito,muito açucar a merda fica doce. Vê-se nesta coisa a que chamaram música, no festival mais pimba do planeta e que teimosamente não falece. Decidi que vou entregar o meu passaporte luso.
Temos ao comando da nave da pimbalândia, os zombies mais podres e broncos que nem o humor mais negro poderia inventar ou a educação limar. De Belém a São Bento. Há já uns anos que é assim. E também não falecem.
Não admira que tenhemos o Emanuel sem Kant no apelido, mas que canta e produz o pior estilo já inventado de filosofia musical, como dono do dinheiro recolhido dos impostos que seguem para a RTP, e, como o escolhido pela dita para oferecer o que de pior se faz por cá. É igual a pisar bosta, sem relvas para poder limpar.
Aposto que a “coisa” vai a facturar rios de notas de euros nas feiras, nas festas de emigrantes, nos festivais de verão das terras do interior e nos programas da RTP pagos por nós.
Se algum finlandês, holandês, italiano ou qualquer outro europeu se cruzar comigo e se descozer a rir quando ouvir o uaué da coisa, eu digo que sou da Patagónia.O ruído do gelo das neves a derreter assemelha-se mais a música.
Naturalmente que não me representa, como os broncos não o fazem. A “coisa” representa a taxa que somos obrigados a pagar para podermos viver acima da possibilidade de homem das cavernas e beneficiar desse grande invento que é a electricidade. E julgo que isso deve ser tipificado como mais um crime, atentado ao pudor, ou acto terrorista.
Apelo também aos músicos africanos. Criem uma petição para não autorizarem o Emanuel e outras pirosas a apimbalharem ainda mais o kizomba. Digo eu que sou contra o estilo pimba, ainda para mais se este for apimbalhado.
Tal como os broncos políticos que nos andam a apimbalhar o já país pimba. Não, não quero ser tua! deste país !
Reproduz-se a lei de Murphy: se alguém pensava que não podia haver pior nem mais podre do que está, na pimbalândia da zona europeia, este fest com esta “coisa” prova o contrário.
Anabela Ferreira
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