No Hospital Amadora/Sintra os doentes são colocados em lista de espera de cirurgia no dia da cirurgia

hospital amadora-sintraQuando um doente precisa de uma cirurgia há um percurso a fazer até á sua realização.
A primeira condição é que o médico aprove o doente para a cirurgia. A seguir que peça os exames e a consulta de anestesia e de acordo com os resultados inscreva o doente na lista de espera. Este é o procedimento legal e normal nos hospitais públicos.
O doente espera nove meses e no caso do hospital não o chamar pode recorrer ao SIGIC- Sistema Integrado para Gestão de Inscritos para Cirurgia, que lhe envia um cheque e uma lista de hospitais privados onde pode escolher um para realizar a sua cirurgia.
No Hospital Amadora/Sintra não é assim.
Convocam o doente pelo telefone com dois dias de antecedência. O doente é internado. Fazem-lhe os exames obrigatórios: análises, raio x, electrocardiograma. Normalmente repetem porque todos esses exames já tinham sido feitos há meses quando foi proposto para a cirurgia mas esperou tanto que ficaram inválidos. Espera o dia inteiro e a cirurgia não se realiza porque há muitas urgências. Dão –lhe alta sem marcação de nova data. A cirurgia não é adiada é anulada.
Espera o tempo estabelecido por lei e ninguém o convoca e contacta o SIGIC na esperança de poder resolver a situação. E é aí que se engana. O SIGIC informa-o da data em que foi posto na lista de espera, e, essa data, é o dia em que o prepararam para a cirurgia mas não a fizeram. Foi nesse dia que foi inscrito na lista de espera.
Então começa um novo ciclo. Espera mais nove meses para ter direito a uma cirurgia num hospital privado, o que de certo acontecerá, se não se consultar em privado com o médico que ia operá-lo no hospital ou se não recorrer a outro hospital.

 

3 comentários a “No Hospital Amadora/Sintra os doentes são colocados em lista de espera de cirurgia no dia da cirurgia”

  1. Ana Paula Horta diz:

    Não é só no Amadora/Sintra, no Egas Moniz aconteceu-me o mesmo, com a agravante de, depois de apresentar uma Reclamação, o médico, no dia seguinte, me telefonar a dizer que se recusava a operar-me porque não havia confiança entre médico/doente, além de uma outra retaliação. Concluindo: se reclamos estamos lixados.

  2. […] Adiamento sine die na hora. Importante mesmo é que se faturem uns dias de internamento, uns exames que com alta probabilidade não vão servir para nada O empreendorismo avançado, o gamanço absoluto e o genocídio em curso via Democracia e Dívida http://noticiasonline89.com/2013/11/29/no-hospital-amadorasintra-os-doentes-sao-colocados-em-lista-d… […]

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