O audi, a sorte e o critério de selecção…

audi-a6-volante[1]Para muitos portugueses, um Audi pode bem ser o pináculo das suas “frustracionais” existências… Se uma vida de trabalho não lhes realizou o sonho de possuir um carro de luxo, talvez a sorte lhes valha…

Um “carro de luxo” serve precisamente para o engate e para afixar estatuto, sobretudo onde a inteligência não seja um instrumento de sedução, nem um índice de sucesso.

É isto que justifica que este governo se valha de quem aceita ser “fiscal”, premiando  com “carros de luxo” essa”colaboração” com o Fisco.

Claro, a maioria desses “sortudos”, esmagados pela máquina fiscal de um país condenado à miséria por 40 anos de mediocridade (e ladroagem) política, nem dinheiro terá para a gasosa. Resta-lhes os passeios virtuais, o prazer de fazer inveja ao vizinho e a esperança de lhe sacar a mulher. Isto, claro, se porventura puderem pagar o imposto de selo sobre prémios de jogo, condição para poderem “levantar” o prémio, nos termos do art. 6º, nº2, do Decreto-Lei 26-A/2014, de 17 de Fevereiro.

O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas denunciou o Governo por fazer “publicidade encapotada” à Audi, no sorteio da factura da sorte. Domingues Azevedo considera também que seria mais benéfico um prémio em dinheiro ou uma dedução nos impostos. Pois, “isso” é evidente, mas “isso”, não dá “contrapartidas” a ninguém.

Nos candidatos, estavam a Mercedes, a BMW e a Audi, todas alemãs (Como se mais nenhuma marca mundial produzisse automóveis de “luxo”).

E é mesmo de propósito que deixo o mais importante para o fim: a “tutela” nega-se a informar ao público qual foi o critério que presidiu à escolha da marca.

Assim, é mantido o critério de “transparência”, apanágio deste governo… Tudo transparente, como um Swa(M)p…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *