Oração de dor ao Papa Francisco – Sexo e Pedofilia

Vens a Portugal fazer uma ponte entre Europa e África. Somos o país que abre as portas para a cobiçada preta mulher onde tem lugar de destaque, a Igreja das sandálias de um simples ser. Rejubilam as hostes católicas, assim como eu, que egoísticamente te peço, antes de pousares na bela Lisboa, para te reunires com jovens de futuro nas mãos, que te recolhas das preces, da entrega em orações, na fé que professa a tua comunhão, com Deus e o seu oponente diabo pedófilo,

o nunca extinto vulcão. Venho-te pedir Papa dos seres crentes, que ores, não por mim, mas pelas freiras e pelas crianças, os teus acólitos que violas, abusadas às mãos das tropas de homens vestidos de saias

da Igreja que lideras. Se eu sei, não será para ti segredo e conhecerás o pecado que acontece por debaixo das vestes

entre oração e confissão, um trago de vinho doce, um charuto, uma hóstia e uma benção, por homens que mais não são que puros trastes

de rabo e sexo eriçado, criando a mais vergonhosa tensão

entre quem na luz prega a oração e na sombra joga em cima de crianças e mulheres indefesas a sua tesão. São meninos, são freiras, são acólitos devassados, violados em pecados inconfessados

pela tua fé inventados, vidas para sempre devastadas, para quem tu nunca purgarás, com palavras ou acções, os traumas, o abandono, as mortes. Antes de vires a Lisboa, quem sabe faças uma passagem pelo Tribunal dos Direitos do Homem e como pastor de ovelhas tresmalhadas, te entregues, não em preces silenciosas mas palavras gritadas, por culpa e castigo, em nome da tua pecadora igreja

num julgamento público, face à praga, à pandemia, à perversa miséria

dos demónios, que se evadem por debaixo das saias

e juram sobre a bíblia, envergonhando Jesus.

Só vejo uma saída, antes que a porta do teu avião te abra Lisboa,

confessa finalmente o pecado da luxúria, do sexo perverso com crianças, pede perdão, exorciza o demónio, em teu nome

e desses vis homens comuns, não do homem que morreu num instrumento de tortura. Sendo o chefe espiritual de demónios de tamanha desgraça, tão culpado quanto os facínoras pecadores

peço-te numa oração – eu que me confesso de confissão pagã –

olha nos olhos das vítimas dos crimes, cumpram pena. É longa a lista de abusos, psicológicos, físicos, emocionais e sexuais cometidos por padres em escolas e igrejas com a derradeira missão de educação. Por punição. Nesta era moderna, pós amor de uns pelos outros.

Tanto é criminoso o que o crime comete, quanto o cúmplice que esconde e acoberta o infame padre. Jurem sobre a Bíblia, contar a verdade nada mais e apenas a verdade, antes que estas vidas, apodreçam de dor, numa cruz de humilhação, sem a luz da liberdade.

Anabela Ferreira

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