Os Zombies Nacionais! (por Jacinto Furtado)

Quando vi que entre aquelas duas dezenas (e mais uns quantos) tipos em cuecas estava uma cara conhecida que vestia a camisola das quinas estranhei, estranhei mesmo. Estranhei e fiquei a pensar, mas que raio, porque é que o Paulo Bento convocou o António Variações?  Mais que o porquê fiquei a pensar no como. Como é que ele conseguir convocar alguém que está além?

Rapidamente passou-me pela cabeça que seria mais uma das modernices do Paulo Portas. No seguimento dos vistos gold que permitem que todo o tipo de marginal possa comprar uma autorização de residência, compra uma casita e o passado fica esquecido, ou então, criam postos de trabalho. Isso de criar postos de trabalho é só ilusão, até ao momento nem um foi criado.

Como referi passou-me pela cabeça que fosse mais uma modernice do vice-rei, perdão do vice-primeiro ministro, isto de ser vice quer dizer o mesmo que segundo não é? Irraaaa deve ser frustrante ser o primeiro dos últimos, deve ser por isso que ajuda a maltratar aqueles que sempre jurou defender. É verdade, estava a comentar a ideia da modernice, cheguei a pensar que com as modernices que ele inventa tinha feito algum protocolo com o além que permitia ir buscar malta que já tinha ido para o lado de lá.

Procurei o Eusébio, mas não o vi equipado. Fiquei convencido que era mesmo uma equipa de zombies quando os comecei a ver cair como tordos. Percebi então que não havia nenhuma ajuda do além e que afinal o Variações se chamava Meireles.

Mesmo assim, mesmo sem os jogadores vindos do lado de lá fiquei a ver os tipos a correrem ou a tentarem correr dum lado para o outro atrás duma bola, esforço inglório, com tantas bolas que estão fora do campo bem que podiam ficar cada um com a sua e assim não se cansavam tanto.

O que gostei mesmo de ouvir foi os comentários que conseguem sempre justificar o injustificável. Ele é o penalti que não é penalti, não é quando é contra nós, se fosse contra os outros era sim senhor… E foi. Foi mesmo penalti e o árbitro não teve culpa.

Depois insultam o árbitro porque o palerma do Pepe resolve jogar com a cabeça, esquecendo-se que é permitido jogar com a cabeça desde que seja com a cabeça na bola e não com a cabeça na cabeça do adversário. Não venham com teorias de treta de que a intensidade isto ou aquilo. A teoria de “um tapinha não doi” não é para aqui chamada, isso é outra guerra, não tem nada a ver com futebol (digo eu). Foi expulso e bem expulso, atitude vergonhosa por parte de um jogador que devia respeitar as cores da bandeira que representa, mesmo não sendo a sua, sempre achei isto estranho mas enfim… é a vida!

Falhanço monumental do árbitro ao não assinalar um penalti a favor de Portugal. Infelizmente, naquele momento, o árbitro até podia marcar e dizer que valia por três golos que mesmo assim a zombilândia não se safava.

No meio disto tudo o que eu não perdoo a estes tipos que estão lá por terras de vera cruz vestidos com as cuecas nacionais, sim com as cuecas, porque já não nos chega para calças. O que eu não lhes perdoo não é o facto de terem perdido o jogo. Até lhes perdoo a vergonha de terem engolido 4 sem darem nenhum de troco.

Mas o que não lhes perdoo mesmo foi terem permitido que a Fuhrer tivesse razão para ficar com aquele ar asqueroso de quem está a espezinhar uma raça inferior. Já que não conseguiam acertar na baliza que lhe acertassem com uma bola na tromba para acabar com aquele sorriso. Já basta o gozo que lhe dá puxar os cordelinhos aos seus fantoches nacionais para maltratar o Povo… Agora que goze também com o futebol… Isso é que não!