“Falando em Vila Verde, durante uma visita à Festa das Colheitas, Passos Coelho considerou “preferível” as pessoas pagarem impostos em função da sua capacidade económica em vez de o fazerem em função das escolhas que fazem quando consomem.”
via Passos acusa Governo de privilegiar aumento dos impostos indiretos — Expresso
Mas que confusão ó Pedro, andas mesmo baralhado! Então e as escolhas que as pessoas fazem quando consomem não dependem da sua capacidade económica? Se eu decidir comprar um Mercedes em vez de um Fiat isso não tem a ver com a minha capacidade económica? Se eu decidir comprar bife da vazia em vez de frango isso não tem a ver com a minha capacidade económica?
Além da falta de autoridade moral que tens porque aumentaste os impostos dos portugueses – e não foi só dos que adoram açúcar, pastéis de nata e comida apaladada -, foi de TODOS! Isto é, aumentaste os impostos INDEPENDENTEMENTE DA CAPACIDADE ECONÓMICA DE CADA UM.
Foi tudo a eito: pobres, ricos e remediados, mas os pobres em maior percentagem relativa como o estudo recente, que o teu amigo Marco António quis denegrir, veio a mostrar.
E mais: não se percebeu o que fizeste ao dinheiro porque a dívida aumentou no teu pontificado, o PIB baixou, a população ativa baixou, o emprego caiu, os serviços públicos pioraram.
Ao menos na governação da geringonça sempre se vê qualquer coisita: sobem as pensões mais baixas, sobe o salário mínimo, sobem prestações sociais, repõem-se feriados que tu cortaste, repõe-se ordenados que cortaste à revelia da Constituição.
É curioso que não tenhas propostas para apresentar na discussão do Orçamento de Estado que aí vem. E sabes porque dizes que não tens propostas?
És um finório. Dizes que não tens propostas porque as únicas que terias para apresentar seriam exatamente as mesmas que levaste à prática durante quatro anos! As tuas propostas, portanto, são uma espécie de “conto do vigário” da política. Mas tal como no velho conto do vigário há sempre quem caia nas tuas falas melífluas, levado pelo sonho legítimo de poder vir a ter uma vida melhor.
Se te estás “nas tintas para as eleições”, sê frontal, sê um homenzinho de uma vez por todas. Diz ao país e aos portugueses que queres que fiquem na penúria, que empobreçam, e que façam bicha para a “sopa dos pobres” e para a caridadezinha da tua amiga Jonet. Diz que essas são as tuas propostas. Diz a verdade ao menos uma vez na vida. Um dia não são dias, e ainda estás a tempo de te arrependeres por seres visceralmente um aldrabãozito. Pode ser que, como na confissão, sejas perdoado depois de rezares dez pai-nossos e dez ave-marias.
Mas acredita, haverá seguramente padre que te absolva, mas o país e os portugueses não irão jamais absolver-te depois das malfeitorias que fizeste e que queres continuar a praticar. Está escrito nas estrelas que não tens mais futuro político em Portugal e o melhor é emigrares como aconselhaste os jovens a fazer.
Muitos dos teus amigos já viram isso, já fizeram as malas e abandonaram o barco rapidamente, como ratos que são. Só tu é que continuas a insistir nas tuas ladainhas da desgraça, à espera que a história da desgraça se repita com o País para apareceres como salvador ressuscitado.
Mas sabes, mesmo que nova desgraça surja, já não vais a lado nenhum. Já ninguém acredita em ti. Só tu é que ainda acreditas que nos vais conseguir enganar segunda vez.
(*) Estátua de Sal é pseudónimo dum professor universitário devidamente reconhecido pelo Noticias Online
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