Passos, já sabíamos, que não nutre grande amor pela verdade. Sobretudo quando fala para os trabalhadores, para quem o critica ou para quem o escrutina. Mas, de vez em quando, fala verdade. Quando se dirige aos empresários. Aí sim! Aí fala verdade e cumpre. E cumpre bem.
Hoje, durante uma conferência sobre o investimento, e falando para empresários, Passos veio dizer que o custo do trabalho deve descer ainda mais nos próximos anos e que essa foi a única reforma que ele não conseguiu fazer!
Ora, os custos do trabalho tem duas componentes principais: o salário propriamente dito e a TSU que sustenta o Estado Social. Ou seja, os salários que desceram desde 2011, à volta de 13% no sector privado e à volta de 20% no sector público, ainda não desceram o suficiente para o personagem. A TSU, que ele quis baixar para as empresas aumentando-a para os trabalhadores, ainda não foi cortada o suficiente.
Logo, quando o Governo diz que não quer uma economia que seja competitiva, à custa de baixos salários, está a mentir. Quando diz que se preocupa com os desempregados, mormente com aqueles que não tem subsídio de desemprego, está a mentir.
Nada disto devia ser novidade. Os salários não baixaram mais, no sector público, e daí devido ao efeito de arrastamento no sector privado, por causa da intervenção do TC. A TSU só não caiu para as empresas, derrubando de vez a Segurança Social, porque um milhão de pessoas veio para a rua em 2012.
Esta é a desmistificação que se deve repetir mil vezes na cara de quem mente sem pudor ao País, e vai mentir e mentir e tornar a mentir durante a campanha para as legislativas.
Quando Passos falar, seja do que for, apenas se lhe deve dizer: O SR. QUER BAIXAR AINDA MAIS OS SALÁRIOS DOS PORTUGUESES.
Porque esta é a política que ele quer seguir, se não o mandarmos emigrar como ele fez aos jovens deste País, e que hoje revelou sem pudor aos empresários que o ouviam, muitos deles chineses.
Na verdade, os chineses, a quem Passos está a vender o País, devem achar que os salários por cá, ainda estão muito altos: ainda dão para comer três malgas de arroz por dia, quando na China só se come uma.
(*) Estátua de Sal é pseudónimo dum professor universitário devidamente reconhecido pelo Noticias Online.
Nota da redacção: Declaraçõe
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