Fiz uma pergunta ao terrorista capitalismo financeiro apanhado em flagrante delito:
-Se todos somos cidadãos legítimos nesta casa, por um curto tempo, como te arrogas o direito de ter mais poder que qualquer um, matando os sonhos, matando em e a vida, tratando todos como inimigos colocando uns quantos homens e mulheres a cegamente te servir?
-É a matrix construída sobre a ganância do poder, estúpida!
Caso encerrado!
Pensando bem…
Queda na bolsa Chinesa? Nunca pensei ouvir isto! Pensando bem…Marx também não, e, felizmente, a sua única preocupação é levar a sua bolsa de gomas para a nuvem seguinte.
TTIP aprovado na Europa? Nunca pensei ouvir isto. Pensando bem…Se as corporações (não as dos bombeiros que essas salvam vidas) são a entidade empregadora dos governos (até os que ganham eleições) porque razão o parlamento Europeu com os seus poderes deificados não haveria de aprovar em nosso nome e de governos fantoches?
Por cá no Estado da Nação? Mentira e medo são as armas usadas. Nunca pensei que Abril desse nisto! Pensando bem…
Para o inconseguimento ser conseguido eles são escolhidos a dedo…
ou então temos um pacto de importação de folhas de coca de refugo com a Colômbia e “eles” que mentem e instigam medo, andam sempre noutro mundo(melhor).
Pensando bem…o mal é não importarmos tomates sem químicos da Grécia, para que esta salada globalizada e envenenada não se coma.
Como amo a vida! Gosto de pensamentos positivos logo ao acordar
(ver vídeos de gatos fofinhos é demasiado aborrecido) de rir muito, de coisas pequenas, de gestos sem alardes e de como seria bom não ver fingir a felicidade absoluta!
Mas se pensar bem…não consigo evitar pensar em tudo o resto que me rodeia.
Seria escorregar na falácia de mascarar a podre realidade que caiu em cima de todos nós. Quem de nós não tem amigos e familiares novos e velhos a ajustes duros com a vida?
E não é culpa deles (incluo-me), ou de sonhos desmedidas (se é que ter uma vida confortável é uma alucinação), é mesmo resultado desta feia teia de interesses ligados ao dinheiro e ao poder, que se vai tornando lei por todo o planeta.
Que ainda aliena tanta gente. E aqui reside o perigo. Fazermos parte de uma sociedade esclavagista sem nos apercebermos nem nos defendermos.
Demasiado entretidos que estamos a jogar bubbles e a tirar selfies enquanto as bolhas nos rebentam mesmo na cara.
Há algumas formas de escapar à matrix e alguns fazem-no. Benditos. Não devem nada a ninguém e fazem-se à estrada sem apegos.
A eles dedico a minha poesia.
Admiro-os e como último pedido de um escravo condenado desejo não morrer sem dela conseguir escapar. Vivo a tentar e é aí que me alimento de vitalidade.
Ser pobre mas feliz perdida algures em Zanzibar. Para já sou pobre e ainda devedora.
Não vos quero incomodar. Só quero a minha inquietude desabafar.
É uma selfie de letras. Uma metade sorri, a outra metade corre a lágrima do menino (recordam-se do quadro das casas das avós em todos os lares lusos?).
A pedir ajuda, a pedir apoio no infortúnio.
Somos todos emigrantes não amados por quem tem o poder e o dinheiro para ter poder, no mesmo barco que afunda. Falta pouco para selvaticamente nos atacarmos e deitarmos os mais fracos borda fora.
Já não tenho medo de morrer. Se acontecer viajarei leve leve, de nuvem em nuvem, com uma mochilinha de gomas. E ouvirei o espanto de Marx quando lhe contar que a China já tem bolsa. De valores. Sejam eles quais forem. E bolhas capitalistas. Ele vai-se rir na minha cara.
Não vos quero incomodar com as minhas bolhas. Quero ficar contente quando alguém lê as selfies de alerta, vindas de uma escrava condenada no mundo físico, mas ser absolutamente livre no reino do espírito e do pensamento.
Se é necessária mais uma opinião? Todas são.
Gosto de saber que alguém escolheu ficar e passear algum tempo nas minhas palavras.
Estes pés que me têm carregado as bagagens pesadas e as mais leves, levam-me a lugares e a pessoas que eu escolho ver, escutar, sentir e tocar. Por isso vejo, toco, escuto. E sinto.
E o que sinto dói. Magoa-me os calos. E não me posso calar.
Porque pensando bem…a mensagem que quero gritar é que acredito num mundo sem estes fundos.
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