Portugal – Islândia: “Não é como começa” – mas convinha não começarem tão mal…

3000 islandeses num estádio (adeptos, jogadores e equipa técnica) representam 1% da população daquele país.

Em Portugal, falamos muito e durante semanas parece que mais nada importa… Parece que nem há problemas, nem corrupção, nem injustiça social, nem bancos a falir, nem desemprego a aumentar… Mas, na hora da verdade, nem os jogadores nem adeptos mostraram ter pulmão para umas palavras de apoio aos jogadores.

Por falar em bancos falidos e políticos corruptos… A Islândia foi saqueada por cerca de 20 ou 30 pessoas. Uma dezena de banqueiros, uns poucos empresários e um punhado de políticos formaram um grupo selvagem que levou o país inteiro à ruína: 10 dos 63 parlamentares islandeses, incluindo os dois líderes do partido que governou quase ininterruptamente desde 1944, tinham empréstimos pessoais concedidos por um valor de quase 10 milhões de euros por cabeça. Julgo que esta situação pode e deve ser devidamente comparada com a nossa. A diferença? A diferença é o que o povo islandês, através dos tribunais que aplicam em seu nome a justiça dos Homens, fez a esses banqueiros e os políticos: estão PRESOS.

Alþingi-Parlamento-IslandésVoltando ao tema: acabámos por ceder um empate com a selecção de um país com 300.000 habitantes, onde se joga o “Úrvalsdeild karla”, um campeonato semi-amador, de 12 equipas de nomes impronunciáveis… Só em França há 600.000 Portugueses. Mas para dizer a verdade, pelo apoio dos adeptos no estádio, parecia perfeitamente ao contrário…

Na foto: o parlamento islandês.

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