De certeza é um país, um caule, um povo
Terra antiga e grávida na raiz do mar.
De certeza é um destino, um fado novo
Sal, tristeza e dor de quase naufragar.
Como se foram joias, pergaminhos,
Como se foram esperanças e enlevos?
Jovens da pátria fogem, perigos, linhos,
Órfãos, saudade, lenços, trevos.
Mas sempre foi a giesta, a urze, o chão
A nossa prece, a audácia de embarcar
Que nos guiou o sonho, o amor, o pão.
Rumos do pranto, que partir não é fatal
Os olhos entre as tílias, o sangue do lugar,
Havemos de vencer, sim, Portugal.
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