O primo do Ex- Secretário de Estado dos Assunto Fiscais, secretário de estado de má memória, recordemos a lista VIP e o apagão nas offshores, deputado António Carlos Monteiro, protagonizou na passada segunda-feira na comissão parlamentar de audição ao ministro Vieira da Silva um número de prestigiação, mas ao nível de ilusionista rasca de circo barato. Retirava da manga cartas, a grande velocidade na tentativa de baralhar os espectadores levando-os a acreditar no truque de cartas que estava a protagonizar, falava, falava e falava enquanto esbracejava agitando as cartas. Não conseguiu, os espectadores já estão a ficar habituados a estes truques e já conseguem entender muito bem como são feitos.
Um dos truques consistia em convencer os espectadores de que o ministro Vieira da Silva teria assinado um protocolo entre a Raríssimas e a sua congénere Agrenska.
Também a deputada Clara Marques Mendes, fila de António Marques Mendes e do ex-ministro, ex-deputado, ex-lider do PSD e actual comentador “Ganda Noia”, Luis Marques Mendes, entendia que o ministro devia ter actuado de forma diferente, nomeadamente devia ter mandado fazer uma inspecção à Raríssimas mais cedo. Claro que a deputada “Ganda Noia” perdão, a deputada Clara Marques Mendes não quer saber quais são as competências do ministério nem sequer as do ministério público, o que interessa é, seja a que custo seja, acusar o ministro de mau desempenho, preferencialmente colando-o a eventuais irregularidades na Raríssimas por ter sido, até integrar o governo, vice-presidente da mesa da assembleia geral.
Voltemos ao protocolo, o tal protocolo entre a Raríssimas e a Agrenska alegadamente assinado por Vieira da Silva. É falso, a assinatura de Vieira da Silva não consta nesse documento e se eu consegui essa informação certamente os deputados também a conseguiriam mas, reconheço, fazendo os senhores e as senhoras deputadas o trabalho que lhes compete ficavam sem fundamentos para atacar o ministro.
Ainda não vi, da parte de nenhum grupo parlamentar, interesse em analisar, investigar, auditar o excelente trabalho feito pela jornalista Alexandra Borges sobre a IURD, sobre as crianças roubadas as seus familiares e sobre a responsabilidade, social, política, criminal que acarreta estes casos. A responsabilidade do estado está posta em causa e nenhum deputado se preocupa com isso? Porquê? Terão medo de ser excomungados? Terão receio de que os salpicos do escândalo os atinja? Ou pelo simples facto de serem crianças pobres, oriundas de famílias pobres, com poucos recursos não interessa, não rende votos, não permite a sensacionalista demagogia.
Voltando ao protocolo, o tal que Vieira da Silva teria assinado, deixo-vos aqui a cópia integral desse protocolo, caso consigam descobrir a assinatura de Vieira da Silva avisem, eu li várias vezes e não a encontrei.
O protocolo assinado por Vieira da Silva, afinal não foi assinado por Vieira da Silva!
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