A Cristas na Quadratura do Círculo, hoje na SICN, a substituir o Xavier que deve ter ido a banhos. A Cristas diz que tem muitas propostas, e quer dar o ar de menina muito educadinha. Mas tem uns temores: são “as esquerdas”. As esquerdas radicais tiram-lhe o sono, coitada.
Eu talvez saiba porque não se diz “as direitas”. A razão é simples: é que só há uma direita, eles são todos iguaizinhos. Só muda a cor do colarinho.
O Jorge Coelho é como o adesivo. Cola em tudo. Tem sempre muita consideração pelos seus interlocutores da direita. Até pelo Passos Coelho, que disse não conhecer, em termos de relações pessoais próximas no programa anterior, mas em relação ao qual disse ter muita consideração. Pior ainda. Foi dizendo que o Jorge Moreira da Silva, que já abandonou o Passos Coelho, e vai para um tacho dos grandes na OCDE, é um “grande senhor da política portuguesa”!?
Ó Jorge Coelho, não havia necessidade: nem a Cristas merece qualquer consideração especial, nem o Moreira da Silva é um grande senhor de coisa nenhuma, quanto mais da política portuguesa. É um tipo que vai muito pouco além do metro e meio, logo não é grande em altura e na política não passou de uma câmara de eco do Passos Coelho, sem qualquer iniciativa de jeito além do imposto sobre os sacos de plástico.
O Pacheco começou por ficar numa postura de cavalheiro, não amolgando muito a senhora. Sim, porque ela foi para ali repetir os chavões que usa no parlamento e que fala para as televisões, e de análise política viu-se zero. Contudo, depois chegou-lhe duro, quando lhe perguntou se alguém que ganhe 2500€ por mês vai ou não pagar menos impostos no ano que vem. A Cristas, para se safar lá foi dizendo que não , que não vai se beber muita coca-cola e se der muitos tiros devido ao aumento do imposto sobre as balas! Um pouco ridículo, ter que recorrer “à caça ao coelho” para poder dizer que os impostos vão subir para a classe média, quando está mais que claro que irão descer.
Fiquei, além disso, até a conhecer a nova utilização de um verbo que é hoje pouco comum ouvir-se, e que foi usado num contexto totalmente inédito. Disse ela que já se sabia que não era com um choque de consumo que a economia ia “arrebitar”.
Ó D. Cristas, a economia a “arrebitar”, fez-me logo ter maus pensamentos e levar a economia para debaixo do pano, como cantava o Nei Mato Grosso. Acto falhado diria o Freud, caso a mandasse deitar no divã num exercício de “associação livre”.
E por tudo isso também me lembrei de uma canção antiga da música popular e cujo refrão é deveras apropriado à situação da líder do CDS:
“Ai ó Cristas se queres ser política, arrebita, arrebita”.
(*) Estátua de Sal é pseudónimo dum professor universitário devidamente reconhecido pelo Noticias Online
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