Estive na RTP Informação a ver o debate entre Catarina Martins e Passos Coelho.
Tudo começou com o Novo Banco. Que os contribuintes nada perdem, foi desmontado com grande gabarito. Coelho a querer livrar a água do capote. Não foi longe. A mentira mais uma vez não colou, quando quis fazer crer que o Banco de Portugal nada tem a ver com o Governo. Como se o Banco de Portugal fosse uma espécie de entidade marciana. Não, Catarina não lhe deu margem, e provou, de longe que Coelho sempre tem defendido os privilégios do sistema financeiro, contra os trabalhadores e os reformados. E quando Coelho quis pôr a solução do BPN em contraponto com a solução BES, Catarina disse-lhe só que, falar no BPN ,nem lhe ficava bem, já que Dias Loureiro, grande beneficiado com o rombo do BPN, era alguém que Coelho elogiava com grande clamor e de quem se gabava de ser grande amigo. E acabou aí o tema porque Vítor Gonçalves, encerrou o assunto, para que não trouxesse mais estragos.
Veio a Segurança Social. As contas para o plafonamento da Segurança Social, perguntou Catarina? Resposta de Coelho. A Grécia?! Ehhh. É de gargalhada. Coelho governa Portugal ou governa a Grécia?! Depois, bla, bla, bla. Contas? Nada.
Não apresenta porque quer esconder dos portugueses o buraco que o plafonamento vai criar mas que ele não quer assumir para não se prejudicar eleitoralmente. Catarina foi arrasadora. Coelho não conseguiu sair do cerco dos números que não deu.
Seguiu-se a dívida pública. Mesmo com todos os cortes e esbulhos nos rendimentos do trabalho, a dívida pública aumentou, o que prova que a governação de Coelho foi um fiasco, disse Catarina. O que vai Coelho vender mais, ele que tanto privatizou, para pagar a dívida? Coelho defendeu a não reestruturação da dívida, defendeu a vinda da troika e continua sem dizer como pode a dívida pública ser paga com a economia a encolher e o desemprego a aumentar. Catarina foi implacável e desmanchou-lhe a homilia de farsante que costuma usar.
O minuto final. Catarina Martins trouxe ao de cima o discurso de mentira e traição com que Coelho enganou os portugueses em 2011, alertando para o novo discurso de mistificação da coligação.
Coelho acenou com o medo. O medo da saída do Euro, o medo da mudança. Ele, lá no fundo, acha que os portugueses são cobardolas ou masoquistas, ou as duas coisas. O nosso passado como povo e como Nação desmente tais suposições. Assim o nosso futuro também o desminta.
(*) Estátua de Sal é pseudónimo dum professor universitário devidamente reconhecido pelo Noticias Online
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