– “Sou fã da tua escrita…quero que escrevas sobre racismo para o meu livro, pode ser? Quis saber a jornalista Conceição Queiroz.
E eu disse que sim.
Olha só a coisa maningue bUnita que ela me disse… (inevitável a ligação com a mana Sara).
Tenho nela uma fã 💞☺️.
-Claro, com prazer, é essencial falar do assunto, sinto-me honrada por ter sido escolhida e tudo e ainda tudo. É o que faço na vida.
Dar voz aos meus avós.
De repente ali estou eu, apanhada a falar por escrito as vozes dos meus antepassados, numa parte do seu livro.
Contando histórias baseadas em factos surreais do racismo. Falando do inevitável, do vital.
Curar feridas é fundamental, para todos os que carregam o estigma entregue a uma cor de pele.
Quero-vos convidar para o lançamento do livro desta mulher linda, jornalista, autora destemida, mulher sensível, consciente da ancestralidade que carrega, pelas vozes que falam por ela, de bela carapinha, escrevendo sobre coisas muito feias com poder para nos devastar a vida.
Lá vai ela, levando também as minhas palavras embrulhadas no colo.
O reconhecimento deste assunto como devendo estar na mesa em primeiro prato,a ser debatido, lido, contado, explicado por quem o vive na pele é um passo para alcançar outros patamares de evolução.
Temos obrigação de o fazer. Os interessados em ouvir e partilhar venham também.
Tragam um amigo também (inevitável lembrar Zeca Afonso que foi um amigo da descolonização e da desconstrução do racismo).
Claro que estarei por Lisboa, dia 30, a acompanhar o lançamento. Este que é mais que um momento importante, carregando responsabilidade, da vida da Conceição e da minha.
Será emocional.
Obrigada Conceição, por este convite.
Anabela Ferreira
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