Sou uma aranha e tenho um plano
construir uma teia
sou uma arquitecta e planifico uma casa inteligente
estudo e desenho
passo a passo construo a minha ideia
escrevo o guião
este é o principio da ficção
Este é um conto de ficção científica. Podia ser chamado “1984” e ter sido escrito por George Orwell. Foi antevisto.
Este conto teve a sua ante-estreia no livro, está vivo. Está a acontecer.
Somos vigiados,controlados,apertados até sermos um. Com a Inteligência Artificial. Destruído o pensamento que nos
torna cada um, ser único, para sermos um robôt destituídos de emoções – o que no liga como humanos.
Quem nunca ouviu a teoria – e a prática – de que como experiência humana somos uma forma avançada de energia?
Somos consciência? E quando acabarmos, não voltamos ao pó, voltamos a ser pó. Transformamo-nos de novo em energia. Regressamos ao todo. À consciência.
Ou, seremos reduzidos a peças de uma máquina?
A teia desenvolve-se…
Certamente já pensaram ir de férias ao fim do mundo, fizeram uma pesquisa e vindo do nada – no facebook – aparecem-vos
imagens publicitárias do glaciar Perito Moreno? Assustador não?
Ao iphone falam ao Manel sobre esta viagem, com a vossa amiga Catarina. Do nada, ao Manel aparece a amiga Catarina,
na lista de sugestão de amizades. Arrepiante não é?
Ao google pedem uma indicação, uma recomendação de voz e a gravação é ouvida e registada. O quê?
Fazem uma pesquisa sobre viagra e do nada aparecem-vos sugestões de comprimidos para melhorar o desempenho sexual.
Filme de terror não é? São centenas de exemplos não são?
Bem, talvez não te incomode e nem lhe dês significado. Comecei por pensar assim. Mas como sempre utilizo a minha
inteligência real com as perguntas, espera aí… o quê? O que é isto?
E isto é…o algoritmo da Inteligência Artificial.
Um robot que censura,controla e sugere até sermos um?
Deveríamos todos estar muito vigilantes.
Parece que o que veio para servir o melhor interesse da humanidade está apenas a servir-se de nós fazendo-nos cair
numa teia? Um cavalo de Tróia?
Como fazem os governos deste sistema descontroladamente totalitário.
1984 lembram-se? Ou “Um admirável mundo novo”. Distopias urdidas para serem experimentadas neste curto trânsito
da humanidade neste planeta de experimentações?
Um dia chegará em que pensaremos e falaremos através da ligação que teremos a um robôt?
A censura, o apertar do pensamento já não são ficção. A manipulação para silenciar qualquer forma de pensamento
diferenciado é parte do dia-a-dia.
Ao controlo do pensamento, seguir-se-à o controlo do comportamento?
Será este o plano da aranha, arquitecta de um sonho distópico, irreal, psicopata e psicótico?
Anabela Ferreira
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