Vivemos em plena demo-ditadura, ou seja, uma ditadura legalizada por 40 e tal porcento dos que votam nos partidos, que não entendem, que as maiorias, demais de 50%, que conseguem no governo ou nas autarquias, correspondem a 20% da população, e, em alguns casos, muito dos eleitores são militantes, funcionários ou empregados indirectos dos partidos ganhadores,(não querem que explique, pois não? Mas, direi , por exemplo, que a Madeira,quando a taxa de desemprego era de 4%, em quase todos os fogos havia um dependente directo ou indirecto do Governo Regional).
Esta situação das minorias absolutistas a mandarem totalitariamente, como todos sabem,por quase todos os lados, com poucas excepções ( Arranhó é uma) não é a democracia a funcionar, é, sim, a “abutraria” ganhadora a conseguir os seus objectivos. Realidade que não preocupa minimamente quem, abocanhando a carne podre deste Portugal-cadáver e deste sistema politico, ganha cabedais em euros,aviões, jantares, ou lugares de prestigio, poder e mando, para além de afiliações espúrias, matéria esta, a das afiliações, completamente blindada para as consciências dos eunucos e mercenários.
Este é o Portugal de hoje que alguns, no seu interesse, querem confundir com um Portugal democrático e livre com raízes profundas na alma, sangue e coração do 25 de Abril . Confusão elaborada para destruírem a liberdade. A Democracia não é este assombramento.
A “abrutaria “ de hoje, sabe que os seus actos e palavras de ontem desmentem os seus propósitos e verbo de hoje, consequentemente, toda esta “abrutaria” traz toda a gente livre esmagada e o seu verbo no índex e, como os demais, ou seja, esta gente do Governo, vivem descansados.
Dizia-me, na última 5ª feira, alguém, que já desempenhou importantes responsabilidades militares, que quando há futebol, não há nenhum protesto. Todos tranquilamente acreditam que não há julgamento nenhum da história, e, pior, têm como absolutamente certo que nunca os humilhados e ofendidos, os plebeus, serão poder. O poder será sempre exercido, em última instância, por grupos elitistas organizados,ou cairá na rua, num caos terrível, sendo depois aprisionado por gente e forças obscuras.
Um dos graves sinais de toda esta “abrutaria” está, na minha opinião,na inqualificável inquirição a que, de um modo desleal, mesmo traiçoeiro, Sócrates, o comentador, ontem, foi sujeito na RTP1, no seu espaço de comentário, por Rodrigues dos Santos.
Sanha ou acto justo que seria imperativo noutro espaço informativo e se o formato fosse de entrevista séria e limpa (termo tão em voga) , mas, infelizmente, não é, nunca foi feito tal coisa ao rol imenso de comentadores responsáveis pela nossa desgraça, como: Marque Mendes, Ferreira Leite, Sarmento, Pacheco Pereira, Santana Lopes, Marcelo Rebelo de Sousa, etc para não falar de políticos tais como, e, entre outros: Cavaco da Silva, Durão Barroso etc.
Se Rodrigues dos Santos pretendeu atirar uma pedra ao charco a este formato indecoroso de comentários, com espionagem à mistura, e iniciou uma imensa luta pela sanidade intelectual dos portugueses e pela libertação da Informação ainda bem.
Se pretendeu,meramente, crucificar, em directo, Sócrates e, ponto, cometeu um acto abominável de desagregação da democracia, e tentou dar um salvo- conduto aos que hoje nos destroem, e colocam no ombro de 2/3 da população a estrela da fome e da morte por abandono, e, neste caso, serviu-se da RTP1, órgão da Comunicação Social de todos nós, para desculpar a “abrutaria” que se quer vingar dos portugueses, de Portugal e da Liberdade. Comportamento que se for o seu, é um nojo e, absolutamente execrável.
Como, até os meus amigos do PS, sabem nunca fui, ou sou, um apoiante de Sócrates, pelos muitos erros que cometeu, nomeadamente na falta de energia no combate à corrupção, ao compadrio, e pela protecção a banqueiros etc, comportamentos característicos de todas, ou quase todas, as lideranças do PS.Todavia protestei contra a execrável petição que o queria calar, porque a questão não é calar ninguém, como fazem todos estes demo-ditadores, isto é, cliques/máfias ditatoriais, mas, sim, a questão é restabelecer o contraditório, como ontem foi feito, mas não pode ser só a Sócrates, nem naquele formato, sobretudo na questão tempo.
Contudo, o fundamental é mesmo, restabelecer a Democracia participativa e directa, o estado de direito e dar mais a voz aos cidadãos que todos os capatazes querem calar.
A questão é, mesmo, e só pode ser mesmo, fazer :
A REVOLUÇÃO POLÍTICA, SOCIAL E MORAL, nunca antes feita, nem em Portugal, nem no Mundo – Eis o IM PERATI VO CATEGÓRICO DA HUMANIDADE:
DEMOCRACIA, DIGNIDADE, DESENVOLVIMENTO.
O resto…são enfeites, fazer de conta, dar dividendos aos expert, com prejuízo das multidões de escravos e pré – escravos,que vão sobrevivendo nesta ambiência protofascita e prototaltitária,em que adormecemos e morreremos, muitos, imensos…
Mas, porque não me calo, embora desejasse ser cobarde, igual a tantos e tantos outros, ainda, não o consigo: MY GOD?!… sem nenhum heroísmo coisas… meras coisas…
andrade da silva
Deixe um comentário