De Braga e Viana seguem mais dois autocarros com médicos em greve. No Porto, os médicos tiveram o apoio declarado de representantes de associações de utentes e também de pensionistas, que embarcaram nos autocarros que rumam a Lisboa.
Há, também, médicos a seguir em carros próprios para a manifestação, que assinala a greve. São dois dias de paralisação em defesa do Serviço Nacional de Saúde. “Esgotamos a capacidade de negociação”, disse ao JN a presidente da Federação Nacional dos Médicos, Maria Merlinde Madureira.
“É possível contornar os bloqueios, mas não por muito tempo”, disse aquela dirigente. Em pano de fundo, as queixas dos médicos às alegadas limitações na requisição de meios auxiliares de diagnóstico, por exemplo, e das administrações hospitalares, que se debatem com falta de pessoal e de liberdade de contratar.
“É preciso gestores da área da saúde que não sejam gestores de ocasião”, acrescentou Maria Merlinde Madureira. Em face da mobilização dos médicos para a greve, a presidente da Federação Nacional dos Médicos aconselhou os utentes a não saírem de casa sem confirmar as consultas.
Numa ronda por alguns locais de atendimento, o JN constatou que na Unidade de Saúde Familiar (USF) do Covelo, no Porto, a adesão foi total. Não havia qualquer médico a trabalhar. Já na USF de Faria Guimarães, também na Invicta, havia apenas um clínico ao serviço.
No hospital de S. João, no Porto, não há, ainda, balanço do impacto da greve dos médicos nos serviços. Pelo que foi possível constatar, a consulta externa está a funcionar, com as pessoas a serem atendidas com aparente normalidade.
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