A vitória insegura

É assustadora, a incapacidade do PS para capitalizar, como maior partido da oposição, sobre 3 anos de governação que impuseram sérios sacrifícios aos portugueses, causando falências, desemprego e diminuição considerável dos rendimentos das famílias, tudo a acrescer a inaceitáveis cortes no estado social, agravando, todavia, o défice e a dívida pública. É alarmante que o PS desperdice, até, a queda-livre do Bloco de Esquerda. Pior, porque com Seguro nada é tão mau que não possa piorar, é reagir aos paupérrimos resultados nestas eleições, falando de um “vitória inequívoca” e dizendo que está preparado para “governar Portugal”. Não está. Nunca esteve. E Deus nos livre de o eleitorado alguma vez julgar que está. E estas declarações provam que o PS de Seguro não tem eira nem beira, não tem bom senso, não tem poder de reacção, não é alternativa. “O PS [NÃO] teve hoje uma grande vitória eleitoral.” Essa vitória não é grande, porque 4% não é grande diferença para uma coligação que no governo apresentou resultados falenciais. Nem mesmo a campanha agressiva de Assis, ao epitetar de “extrema-direita” o CDS/PSD, surtiu resultados. Ser o partido político mais votado é irrelevante, quando falamos do maior partido da esquerda, que concorre contra um PSD desgastado. O problema deste PS é o mesmo problema de Seguro: não há segunda oportunidade para se gerar uma boa primeira impressão…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *