Rafael Marques, activista e jornalista, diz que tudo foi cozinhado ao mais alto nível do regime. Para ele, a posição da procuradoria-geral da República foi “um abuso” porque, apesar de não ter havido acordo nenhum, já que “todas as tentativas de um acordo extrajudicial fracassaram”, houve um “oferecimento de explicações que permitiu aos generais, às empresas e ao Ministério Público retirar as acusações contra mim”.
Terá havido apenas um entendimento tácito em função das iniciativas do generais que acabaram por se manifestar a favor do fim do processo – por razões conhecidas e que passavam pela eminência dum boicote internacional ao comércio de diamantes provenientes de Angola.
Foi nesse sentido que Rafael Marques dispensou as suas testemunhas que tinham ido das Lundas para Luanda para o efeito. Agora, Rafael Marques diz que vai expor tudo o que se passou nos bastidores e admite ser condenado a 30 dias de prisão por vontade do regime representado pela PGR / Ministério Público neste julgamento-farsa porque, para ele, “tudo foi cozinhado ao mais alto nível do regime”.
A leitura da sentença será na próxima quinta-feira, 28, e o Rafa avisa que, de acordo com o teor da decisão do juiz, ele e o seu advogado irão recorrer. Oiçam entretanto a entrevista à VOA: http://www.voaportugues.com/audio/2789586.html
Não há dúvida de que se trata da habitual má-fé do regime sediado na Cidade Alta em Luanda, com vista a executar uma vingança contra aquele que, em termos morais e patrióticos, se tem elevado sempre acima dos interesses mafiosos dos gangsters no poder que vivem nos seus castelos de marfim e mantêm o povo na miséria, ao mesmo tempo que enriquecem desmesuradamente com o saque das riquezas do país há 35 anos.
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