Vamos chamar os bois pelo nome… A tragédia do Meco! (por Jacinto Furtado)

mecoA tragédia ocorrida na Praia do Moinho no passado dia 15 de Dezembro tem feito correr um oceano de opiniões, algumas com uma violência semelhante às ondas que ceifaram a vida dos seis estudantes da Lusófona.

Não deixa de ser curiosa a forma como as massas se movem, a forma como, não sabendo nada, são detentoras da verdade absoluta mesmo quando essa ainda não é conhecida. A verdade não é conhecida mas a verdade popular, com a ajuda de alguma comunicação social pouco esclarecedora mas muito sensacionalista, já é um facto irrefutável. Há um culpado! O culpado que seja publicamente linchado.

Até prova em contrário tudo o que se tem dito e escrito sobre esta tragédia não passa de pura especulação, conjecturas sem bases factuais que chegam ao ridículo de um secretário de estado (Emídio Guerreiro) já ter “decidido” que se tratava de um crime. Todas as armas estão viradas numa direcção e não se cansam de disparar. João Miguel Gouveia, o “Dux” é o culpado. Já se fala da possibilidade de haver um outro culpado, um ex-“Dux” que também lá teria estado na fatídica madrugada.

Mas que raio, o tipo teria alguma pistola apontada à cabeça dos outros seis? Não devia ter, não tendo não me parece que se possa sem margem para dúvida afirmar que alguém obrigou os outros a fazerem o que não queriam. Infelizmente pagaram caro, infelizmente nunca vamos saber se o caminho que estavam a percorrer era apenas um devaneio da juventude. Infelizmente perderam-se seis vidas que, como todas as vidas, são insubstituíveis. O preço a pagar pelo disparate não devia ter sido a própria vida.

Não deixa de ser interessante o facto de os Duces serem os alunos com o maior número de matriculas. Traduzido por outras palavras os Duces são os indivíduos que em vez de terem um percurso académico dito normal são cábulas, repetentes, incapazes de terminar em tempo útil o curso em que se inscreveram. Esses são os lideres da coisa, esses são os exemplos a seguir, esses são os ídolos da cambada.

As praxes praticam-se em todo o lado, não são um exclusivo universitário. Como em tudo na vida generalizações são perigosas. Os abusos devem der denunciados e punidos. As praxes não podem servir para que gente sem qualidade e sem capacidade se auto-valorize à custa da humilhação e dos maus tratos infligidos a outros. Diabolizar as praxes no seu todo, de forma genérica é, por principio, mau.

Como referi, por enquanto, tudo é especulação, tudo são conjecturas, tudo é uma estranha histeria social. Alguém grita “Mata” e a mole humana como zombies move-se nessa direcção.

Por muito que custe ler a quem perdeu os filhos, os familiares, os amigos na tragédia do Meco esta, com base em todas as especulações e conjecturas, nada teve a ver com praxes. A tragédia do Meco teve a ver com a ambição dum grupo de pessoas que queriam garantir um lugar de destaque numa espécie de seita que tem como objectivo primordial humilhar e maltratar outras pessoas.

Chocou-me ouvir a Mãe de uma das miúdas dizer que ela vivia para aquilo (comissão de praxes) e que, de certa forma, teria morrido a fazer o que gostava. Estranha forma de vida quando o objectivo que se persegue, a ambição que se tem é chegar mais alto na estrutura líder da humilhação. Um dia algum sociólogo ou algum psicólogo vai certamente fazer um estudo sobre esta estranha patologia.

Quem morreu no Meco morreu a perseguir um objectivo nobre?

Não, quem morreu no Meco morreu a perseguir o objectivo de ser o pior dos maus! A tragédia do Meco é fruto da inconsciência da juventude, é fruto da falta de valores sociais e morais.

Vamos chamar os bois pelo nome… Não há um culpado na tragédia do Meco, há sete culpados. Seis morreram, o que sobreviveu certamente não vai esquecer!

53 comentários a “Vamos chamar os bois pelo nome… A tragédia do Meco! (por Jacinto Furtado)”

  1. RIta diz:

    Fui praxada no meu ano de caloira e não tive momento algum em que me sentisse imponente, sem capacidade para falar por mim caso não concordasse com alguma coisa. Vi colegas meus rejeitarem jogos e outros rejeitaram a praxe em si e nunca lhes foi apontado um dedo, nem sequer pelos nossos ditos veteranos (alunos de curso mas com mais matriculas), não sentiram vergonha ou exclusão nem tiveram de mudar de faculdade… Para os praxados a praxe serviu para conhecerem mais rapidamente e melhor os seus colegas e alunos de outros cursos; ou seja para se fazerem amizades.
    Vamos lá esclarecer que a praxe realizada nesta comitiva de praxes, a serem verdade as histórias que os media estão a contar, NADA têm a ver com as praxes realizadas a caloiros nas faculdades!! Estes jogos mentais que têm vindo a ser descritos não são coisa de praxes!! Eu diria que se anda a confundir praxes com seitas!

  2. Ana diz:

    Concordo com muito do que é dito neste artigo.
    foi um acidente ,para o qual se puseram a jeito,,jovens saudaveis e inteligentes
    deviam ter mais juizo.

  3. Francisco diz:

    Concordo com a maioria do que aqui é escrito. Mas lá está, dizer que a praxe é um incentivo, ou uma forma de “promover” que há algo de bom em ser-se o “melhor dos piores”, tem o seu quê de ignorância e estupidez. É, tipicamente, daqueles argumentos usados por quem tem uma raiva secreta às praxes (vá-se lá saber porquê) e não faz a mínima do que por lá se passa, ou então faz, mas a raiva tolda-lhe os pensamentos.
    Um Dux não o é, apenas e só, porque reprovou vezes o suficiente para ter acumulado um numero de anos que lhe atribua este estatuto. Existem outras hipóteses.
    Acho que se deveria ter calma com o que se diz. A plebe deixou-se levar muito por este assunto, tudo em prol do alarido. Daqui a uns tempos está tudo a discutir assuntos sobre física quântica, e quando dermos por isso a ignorância governa o Mundo e o progresso estagna. Deixem aquilo que é uma escolha de jovens adultos, para os jovens adultos. Foram eles que disseram que sim, não disseram?! E para o bem ou para o mal, gostavam, não gostavam?! Então pronto, resuma-mo-nos à nossa ignorância.

  4. Arminda diz:

    Boa tarde a todos..
    Sei que esta tragédia abalou todo o paìs… Mas vamos ser realistas a Universidade é por vezes uma desculpa para sair da casa dos pais e ter liberdade para tudo…estes jovens tinham liberdade para tudo até para cometerem o maior erro da vida deles e ir “Brincar” para a beira mar.
    os culpados são todos nenhum escapa.
    por muito que os pais e familiares estejam a sofrer encarem a realidade. Infelizmente perdi um irmão num acidente onde não teve culpa e ainda hoje a culpa está por ser “dada” a quem o matou…
    Por isso encarem eles procuram a própria Morte

  5. carlos bastos diz:

    Claro que nao concordo com tudo…o dux nao e quem mais repete o ano mas sim quem maais cursos tira…alias este ja acabou um..mas de resto concordo

  6. Ana Caldeira diz:

    Parabéns por ter parado para pensar equilibradamente sobre este assunto!

  7. donameli diz:

    A praxe é uma merda, própria de ursos broncos, parolos, vestidos à padre, à idade mádia, e são a vergonha deste ensino sem qualidade, que professores toleram por não dar aulas, como os labregos de preto adoram, carroceiros, grossos, de forma a disfarçar o atraso, mais dado a jotas do poder corrupto, maçon, mafioso, em que se enquadra .

    • José diz:

      Gostos não se discutem caro colega!
      Para a sua informação existem “as praxes” e “a praxe”! Na praxe ninguém mata ninguém, nem obriga a nada! Cada qual é dono do seu próprio nariz!

      E já agora, sabes mesmo o que é a dita praxe? já lá estiveste?
      Não? Bem me parecia. Então cala-te!

    • Maria diz:

      Isto é muito bonito dizer que são todos culpados, ok, mas lembrem.se de quem diz não, é de certa forma excluído do grupo de forma sabe se la como (bullying), daqueles que se acham duxs, e que por um lado os que rejeitam não deixam de querer integração no seu ciclo…mas não de forma humilhante

  8. Johnes diz:

    Mas que raio, o tipo teria alguma pistola apontada à cabeça dos outros seis?
    Nem pensar, os gajos não foram mortos a tiro. Pela noite foram amandados para a rebentação, mais um passos atrás, mais outro, a ver quem é que ali mandava, dizia o dux, termo mais estúpido para dizer o sádico em busca de sensações libidinosas, pela calada da noite, ao frio, com pedras atadas às pernas… pá, quem manda aqui, diz o dux, sádico stupid, atrás mais um passo… e veio a onda, ficou o gajo ali à rasca, sem já saber que fazer, enquanto os outros se debatiam por pouco tempo, logo embrulhados e arrastados na vaga que os largou mais, adeus minha, meu amigo… e eu já estava a ver que esse grande estúpido nos levava à morte …

    • Maria diz:

      Isto é muito bonito dizer que são todos culpados, ok, mas lembrem.se de quem diz não, é de certa forma excluído do grupo de forma sabe se la como (bullying), daqueles que se acham duxs, e que por um lado os que rejeitam não deixam de querer integração no seu ciclo…mas não de forma humilhante

      • Miguel diz:

        Ser excluido??? bem então de certa forma perferia muito mais ser excluido que ser incluido naquela vaga onde abalaram 6 pessoas…. as praxes testam limites e quanto mais longe esses vão outros acima se colocam… portanto dizer um não ao primeiro passo atrás era boa estratégia…..

  9. Mariana diz:

    concordo em parte… a ansia de poder domina as mentes, especialmente as mais jovens. Creio que foi de facto uma fatalidade, aliando a irresponsabilidade de serem muito jovens com as condições climaticas daquele dia. Se, apenas, tivessem refletido um segundo nos riscos a que se expunham naquele dia e sitío, poderiam ter hesitado…há momentos que fazem a diferença. Lamento muito a perda dos pais, especialmente porque “o luto de um filho nunca acaba”.

  10. Ana diz:

    Nem mais. Concordo com tudo.
    Parabéns pela análise que fez!

  11. maria diz:

    Excelente análise! Parabens!!

  12. Godinho diz:

    Inúteis alguns dos comentários que aqui leio.
    É lamentável como algumas opiniões continuam a demonstrar o anti-praxismo que carateriza as suas personalidades.
    Continuo a dizer que a praxe é uma tradição, não é um ritual, e só se deixa ser praxado quem quer. Outra coisa é a estupidez macabra (que eu sei que existe) de algumas pessoas praxantes que revelam a sua personalidade mais horrenda na fase de praxes, onde humilham e rebaixam o aluno mais novo em prol da sua subida de autoestima, estatuto ou auto-valorização, isso sim, condeno e bem. Na minha opinião deveria ser para controlar essas pessoas que as comissões de praxes deviam existir, e não como um grupo de pessoas más que são o topo dos pesadelos académicos. É com a missão de controlar os exageros que a comissão de praxe na minha escola funciona, e quanto a isso, tudo é feito com excelência, tanto que depois das praxes todos os alunos se acabam por auto-submetem a uma vontade de estas continuarem, por ser realizada na base da diversão e brincadeira, de liderança saudável e ensinamentos. Normalmente depois da fase de praxes todos os novos alunos acabam por recordar episódios e gozam eles próprios com esses episódios com elevada satisfação e boa disposição, e é assim que devia realmente ser.
    Mas infelizmente a realidade é que não se consegue controlar a mentalidade e personalidade de todos os estudantes, daí existirem sempre casos de mau uso das praxes e consequentes abuso, pois isso é um problema da própria psicologia humana, e não um problema da própria praxe. A isso também eu condeno. Só lamento que a comunicação social publique tudo o que mais inflame um assunto não verdadeiro e fidedigno com objetivo de lucro financeiro, assuntos e temas esses que depois vão influenciar a opinião publica, tornado-se a população em autênticos “zoombies” a julgar tudo e todos por opinião própria, sem esta estar realmente correta e relacionada com a realidade.

  13. Sofia diz:

    Depois de ler estes comentários deixo uma breve mensagem primeiro de apoio aos pais das vitimas e notem – se todas elas! Segundo gostaria de salientar o facto (pelo o que já li) de culpabilizar os pais dos que faleceram pelos seus atos. O que penso é que a família do João certamente já saberá o que aconteceu em pormenor e agora protege o filho o que é normal devido aos ataques sobre o mesmo pelas famílias e opinião pública. Mas atendendo ao sofrimento dos outros pais já deveria ter tido uma palavra para todos eles, independentemente do João ter condições ou não de falar. Pois eu como mãe também gostaria de saber o que realmente se teria passado naquela noite se fosse meu filho. E caso o contrário também se passasse apoiaria o meu filho sempre e ao seu lado iriamos encarar o que daí adviesse. Pois se os pais do sobrevivente se pedem respeito pelo sofrimento do filho que acredito sinceramente que isso se passe então respeite igualmente o sofrimento dos outros pais que pedem respostas e se o João Gouveia é o único que sobreviveu nada mais lógico de quererem que ele fale. Não concordo com a acusação de homicídio pois o que quer que tenha acontecido todos sabiam para onde iam e o que iriam fazer. Concordo é que ele deve contar o que aconteceu e se estes jovens se andam a preparar para ser o futuro do nosso país devem ter em consideração e sempre presente que apesar de tudo assumir os nossos erros e enfrentá – los faz parte do crescimento moral de todos nós. Mas o que nos define isso não se ensina, é o nosso caráter e com ele vem a nossa consciência, pois só a tem quem tem noção dos atos que comete! Agora “linchar” este miúdo em praça pública discordo completamente, pois caso ele tenha consciência ela vai ser o seu maior castigo até ao fim dos seus dias, pois não irá esquecer nunca!!
    Em relação à vida de universitário não poderei comentar sobre o que esse mundo envolve apenas tenho a quarta classe nunca estive num quadro de honra nem me vislumbro a ter uma licenciatura ou um mestrado quanto mais ser praxada.
    Este assunto deixo para os doutores que pelos vistos temos muitos!!
    Sobre os meninos do papá e meninas da mamã também não irei comentar não consigo sequer imaginar o que isso seja. Mas pelos vistos também já existem em demasia.
    Cumprimentos aos quadros de honra e da desonra deste país.

    • filipa diz:

      Só tem a quarta classe mas escreve muito bem. Concordo com tudo o que disse. Sendo mãe, ponho-me nos dois lados.

  14. Isabel diz:

    Com estes comentários todos só tenho a lamentar. Na minha opinião as praxes deviam acabar porque há sempre quem abusa, e quando há abusos à crime se à crime deve haver punição. Que este azar sirva de exemplo e não se volte a repetir.

    • Tiago Antunes diz:

      Na minha opinião o ser humano havia de acabar porque existem muitos que abusão de tudo!

      • JP diz:

        Na minha opiniäo, caro Tiago, deverias aprender a escrever! Tu também abusas… das calinadas na ortografia!!

        • jbs diz:

          JP as tuas palavras são esclarecedoras da tua incapacidade, pois tu sem outros argumentos criticas a “caligrafia” , sabes tu tens uma letra bonita.mas sœ escreves dispartes.

          Coitados….

    • Maria diz:

      Isabel, só um reparo, senão pareces os Duxs 🙂 «Há abusos» (correcta utilização do verbo haver) já «à crime» vá lá menina, então tinhas acertado a 1ª, o que te aconteceu?

    • JR diz:

      Pronto, então devíamos acabar com os padres porque há padres que violam crianças. Devíamos acabar com a polícia porque há polícia corrupta. Devíamos acabar com meio mundo, porque esse meio mundo não sabe viver em sociedade com o outro meio. É esse o melhor caminho? As coisas não podem ser levadas ao extremo do “ou há e se portam bem, ou se se portam mal acaba-se”. Há que haver regras, limitar quem usa e abusa e punir quem não deve ter direito a praxar, a ser padre ou a ser polícia.

    • Miguel diz:

      o estado também abusa e não acaba… não é quando há abusos á crime, á praxes a anos e só agora acontece isso…não generalizem…

  15. Vamos chamar os bois pelo nome (Há uma linha que divide…)
    E cuja permanência custa aos que pagam impostos a sua estadia, a tirarem o lugar a quem legitimamente lá deveria estar: alguém que quer tirar um curso para singrar na vida, dando o seu melhor…
    Confesso-me o mais humano, o mais falível dos seres… mas como diria a publicidade de um tv por cabo:
    Há uma linha que divide…
    Há uma linha que me divide de seres humanos que sentem prazer em humilhar o próximo!

    • Estela Ferraz diz:

      Lamento pelos familiares, apenas. Na minha opinião, é tão culpado o ‘Dux’, como todos os outros que faleceram, uma vez que aceitaram ser praxados desta forma violenta, imatura, bárbara e insconsciente… Foram igualmente irresponsáveis, TODOS! Penso até que morreram felizes porque afinal morreram a fazer o que gostavam e, preparavam-se também ( sim ), para o fazer a outros ( posteriormente ), caso o desfecho não tivesse culminado nesta tragédia.

  16. marco diz:

    Ainda continuo sem perceber o que um grupo de universitarios fazia na praia no meio da noite numa altura de varios alertas para mau tempo no mar.Se ainda fossem um grupo navy seals entendia agora assim nao consigo perceber

  17. Anónimo diz:

    a busca contínua da culpa e do que se passou pode e deve trazer paz e clareza. Esta situação é bastante díficil para os familiares envolvidos na mesma. As palavras deviam ser ser escolhidas cuidadosamente para não ferir suscetibilidades. Os cidadãos buscam culpa os outros a paz, e o descortinar da siutação?
    No entanto a resolução é impossível. O que melhor fazer para prevenir estas mortes ? Talvez a busca de uma solução seja mais importante, mesmo para este caso. Tentando ser imparcial,creio que nao houvesse tradiçao académica estas pessoas estariam vivas… agora discutam e pensem nisso.

  18. Marta diz:

    Bela análise a este caso . Culpados são os setes e não apenas o dito sobrevivente . Ora, se estes jovens são todos tão crescidos para ir passar fins de semana com amigos, sair a noite, assinar papéis de suposta responsabilidade, entre outras coisas, também são crescidos para tomar decisões . Neste caso podiam ter dito que não ! Se os objetivos de vida destes jovens é fazer parte desta comunidade e subir mais na hierarquia, acho absolutamente fantástico, deve referir que não são grandes objetivos . Devo só sublinhar, o facto de um dux ter várias matrículas pode incluir licenciatura, mestrado, doutoramento, etc .

  19. Dina Simões diz:

    Excelente análise…

  20. Rita diz:

    Praia do Moinho de Baixo sff…chamem as coisas pelos nomes!

  21. Maria diz:

    Estou plenamente de acordo,não querendo julgar ninguém.Sou mãe de dois jovens, uma de 20 anos a terminar o curso, com “praxes ” no 1º ano do seu curso e de um de 18 neste momento a iniciar a vida universitária. Lamento o sucedido aos sete jovens, porque o sobrevivente terá um peso para o resto da sua vida, VIDA…..
    Para muitos dos comuns mortais , viver é muito difícil, mas meus caros morrer é tão FÁCIL….
    Quando faltam valores,objectivos,afectos,moral, tudo vale para nos afirmarmos , pena é que se tenha de chegar a extremos para se ser reconhecido numa comunidade fechada e até secreta.
    Acidentes todos os dias acontecem, este foi mais um, quando se trata de seres humanos a dimensão torna-se maior, não existe preço,e são vidas insubstituíveis.

  22. Susana diz:

    Fico chocada com os objetivos que mobilizam estes jovens. O teor das mensagens revelam isso mesmo. Senti me arrepiada com a reconstituição que foi mostrada ontem. Isto que se chama praxe não e praxe, e massacre. E sadismo e masoquismo! Eu fui praxada há 17 anos e isso sim foi uma praxe em que o objetivo foi a integração dos caloiros, sublinho a praxe era feita aos caloiros no início do ano apenas. Foi realizada no auditório da universidade . Houve divertimento e gargalhadas autênticas e não as palermices e bizarrias que se fazem agora, nalguns sítios. O objetivo era a integração e não a humilhação miserável!

  23. sclouro diz:

    Excelente análise.

  24. Miguel diz:

    Tou de acordo… e sim são sete culpados, se tivessem um palmo de testa teriam dito que não… mas sobrou um… porque ainda não falou… o comunicado da família diz q sim, as famílias dizem que não… na justiça inocente ate ser provado o contrario, mas que há muita coisa estranha nesta historia…

  25. H. Horge diz:

    Tenho 2 filhos, ambos estudantes universitários, Um caloiro, o outro a terminar o mestrado ( sem nunca ter chumbado a uma única cadeira, aluno de quadro de honra), nunca praxaram, nunca foram praxados. Nunca humilharam ninguém, nunca foram humilhados. Estão na universidade com um único objetivo, estudar e acabar os cursos o mais rápido possível para conquistarem a sua independência… Concordo plenamente com este artigo. A mim também me chocou o testemunho daquela mãe. Eu como mãe nunca o permitiria. Liberdade e vida fácil a mais estraga o futuro dos nossos filhos. . . Há que ensinar-lhes que primeiro estão as obrigações e deveres e acima de tudo as decisões responsáveis sobre os seus próprios actos. A vida não é uma brincadeira para se deitar a perder perante uma atitude irresponsável. . . A culpa foi de todos, infelizmente pagaram bem caro a sua irresponsabilidade, a vida é assim! Se 6 faleceram, um ficou vivo e condenado a vver este drama até ao fim dos seus dias. Afinal eram 7 amigos, podiam ter tido um acidente de carro, podiam até ter sofrido um outro tipo de acidente… Em praxe ou sem praxe, fizeram-no de livre e espontânea vontade, e com o conhecimento e consentimento dos próprios pais….

    • Andre Couto diz:

      Não leve a mal o que vou dizer mas… acabei o curso com média de 13 valores, nunca tive em “quadros de honra” como você diz, e sou o mais bem sucedido do meu curso…tenho um emprego muito estável (não sou político), muito bem remunerado, e sempre a crescer… Fui praxado, diverti-me, saí à noite, chumbei anos, mudei de curso, fui praxado, praxei…e voilá… os do “quadro de honra” são neste momento meros ratos de laboratório que agora ajudam os pais na empresa familiar ou andam em investigação(coisa que não está fácil em Portugal)…
      Os do “quadro de desonra” têm sido os mais bem sucedidos, sabe porquê? O mundo e o trabalho não se aprende em livros, mas com vivências…quem vive para livros acaba a ler e a estudar, quem vive a vida bem ou mal, adapta-se! Mais…quem seguiu por maus caminhos foram sempre os “meninos da mamã”, que viveram a mando dos país e nunca tiveram liberdade de escolha em decisões importantes da vida, e quando têm alguma para fazer, fazem-na de forma errada porque a sede de escolher diferente do que queriam é grande…

      • Meliana diz:

        Ui, parece-me que há aí um ressentimentozinho contra os alunos dos quadros de honra… Se tem sucesso parabéns. Mas daí não implica que os alunos de quadro de honra sejam todos meninos da mamã q acabam na empresa dos pais. Muitos ‘quadros da desonra’ acabam pior, na sarjeta.

      • Tânia Pereira diz:

        Ora aí está! Concordo plenamente!

      • Miguel diz:

        Boa analise André..esse são aqueles que depois saem de casa e apanham comas alcoólicos, começam nas drogas entre outros abusos da adolescência.
        Não leve a mal mas pfv está a formar jovens ou a formar padres???? deixe viver deixa que aprendam com os erros da vida se nunca descarrilarem um pouco não sabem a diferença entre o certo e o errado…..

    • Isabel diz:

      Parabéns, falou mais de si do que da tragédia, é um exemplo de educadora(o) tem uns filhos exemplares, felicidades que nunca lhe falte nada.

  26. Antonio diz:

    Jacinto Furtado, estou totalmente de acordo consigo. Tenho um filho de 20 anos, universitário e nem quero imaginar a dor dos pais que perderam os seus filhos. Mas estaria lá alguém obrigado?? Alguém obrigou aqueles jovem (nenhum era caloiro) a ir para aquele fim de semana, sabendo PERFEITAMENTE O QUE OS ESPERAVA? Estavam la de forma voluntária e assumida. O que aconteceu foi um estúpido acidente, como estúpidos são todos os acidentes. A conversa dos repetentes e de ser uma Universidade Privada já é conversa para boi dormir. Estavam lá porque queriam e queriam de forma voluntária fazer aquelas actividades, mas correu mal. Acho que o sobrevivente deve explicar tudo o que aconteceu e assumir o que correu mal numa actividade onde TODOS tiveram responsabilidade e que correu mal.

  27. Anocas Drago diz:

    Patético…. Este artigo é simplesmente patético….

    • A. José Bento Maschado diz:

      O seu nick define a sua postura na vida, menina anocas…
      Conseguiu ler o artigo todo??? Tem muuuitas linhas e letras!!!
      Terá entendido o que o autor quis dizer???
      Também costuma brincar aos pobrezinhos numa das quintas dos seus papás???
      Que as suas ideias (patéticas) sejam iluminadas um dia, é o que lhe desejo

    • Miguel diz:

      Quando a inteligência, humildade entre outros valores foram distribuídos lá em casa mandaram te a comprar tabaco foi??? talvez só tenha lido o titulo foi?? há muito mais no corpo de texto..

  28. Pedro Silva diz:

    Chamando os bois pelos nomes quem escreveu este texto é uma BESTA. Bora lá mandar pessoas atirarem-se para baixo dos carros e calarmo-nos só porque somos burros, filhos de pais ricos!!
    Chamando os bois pelos nomes, vamos-nos concentrar em factos e deixar de ser moralistas só porque é bonito ser do contra. A Lusófona é uma universidade privada e como tal não há Dux´s a serem repetentes por muito tempo. Sai caro ser repetente!
    Está visto que quem escreveu este artigo não deve ter filhos, mas tem de certeza um pai ou uma mãe e provavelmente não gostaria de ver os seus pais atropelados por um fulano que poderá ter ou não ter culpa mas que diz que não se lembra de andar de carro, quer dizer lembrar lembra, mas não se lembra de ter o pé no acelerador ou se até ia no lugar do condutor apesar de ir sozinho no carro! Uma besta é o seu nome e 6 famílias destroçadas é outro nome e um PALHAÇO que se remeteu ao silencio porque tem medo de ir para a prisão! Se foi acidente de que teme ele???

    • maria diz:

      Claro que sendo filhos ou pais ninguém gostava que acontecesse uma coisa do género desta em que o único sobrevivente não contasse a verdade. Mas o problema é que as pessoas adoram ouvir uma história que não lhes diz respeito nenhum e tomar logo partidos, ainda por cima extremos. O único sobrevivente estava a liderar as praxes e, supondo que estava fora de água a dar ordens aos outros colegas, já é um criminoso. Claro, é fácil falar estando de fora, mas o que acham que ele deve estar a sentir? Imaginem-se a irem para a praia com amigos, e vocês dizem para eles irem para dentro de água e eles vão, e o mar leva-os. Vocês são culpados? Culpados claro que se vão sentir para o resto da vida, ao verem amigos vossos morrerem à vossa frente. Se fossem crianças que não tem noção das coisas, agora adolescentes com 20 e tais anos? Alguém os “obrigou” a entrarem na água? Se de facto o Dux lhes tivesse uma arma apontada antes deles entrarem, aí sim. Isto podia ter acontecido (e acontece) fora das praxes. Quantas vezes um grupo de adolescentes não entra no mar à noite só porque sim? Mas no Inverno, no Meco, com uma das maiores ondulações, não vemos muitos. Acho que isto é a prova que os jovens são cada vez mais influenciáveis, o que leva a perderem os seus valores pessoais. E que tirem deste caso algo positivo, ensinem os vossos filhos (e sejam vocês também) pessoas com uma personalidade firme que são capazes de dizer que não e de saber separar as coisas, em vez de atacarem logo sem saber os detalhes.

    • Joana Clara diz:

      Desculpe Sr. Pedro, eu sou mãe, também já passei pela universidade privada e é verdade os mandatários são normalmente os repetentes.
      Já tentou colocar-se no lugar do João? já tentou perceber o sofrimento dele?

      • Pedro Silva diz:

        Eu já estive no lugar dele, acidente de carro com todos no hospital e por muita sorte todos vivos. Tinha 19 anos mas não foi por isso que me refugiei em casa. Dei a cara e sofri com isso! Se é mãe respeite os seus filhos e ensine-os a serem homenzinhos e a responderem pelo que fazem! Estaremos a criar uma cambada de criminosos e parvalhões que depois se desculpam por serem parvos e por liderarem parvos?? pense nisso!

    • Pedro Alves diz:

      Srº Pedro Silva, só faz praxes quem quer… todos eles (devem ter cabeça para pensar o que está bem ou mal) diga-me uma coisa, se o mandarem bater com a cabeça na parede o srº Vai? tenha juízo, um fim de semana que de certeza tiverem de ajudar a suportar os custos, logo foram para lá porque queriam e de livre e espontânea vontade. Que me desculpem os pais mas eles fizerem porque quiseram não tentem arranjar desculpas para uma brincadeira que os seus filhos fizeram….

      • Pedro Silva diz:

        Parvos já fomos todos, mas isso não iliba que se saiba a verdade! Um dia quanto tiver filhos vai entender! Só espero que tudo lhe corra bem e que não se confronte com o sofrimento destas familias!

    • Isabel diz:

      Desculpe lá Pedro Silva o respeito pelas opiniões dos outros não se aprende nas universidades, mas nas nossas raízes e educação, não se chama besta a quem faz o seu trabalho porque até acho um texto bastante percetível o que não acontece com o seu, a única coisa que percebi foi a sua falta de respeito sobre o assunto. Se já for pai espero que o meu filho nunca venha a ser colega dos seus.

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