A triste impunidade do terrorismo sindical (por Jacinto Furtado)

Terrorismo sindicalO Expresso publicou hoje um artigo onde refere que a TAP está a atrasar o pagamento aos fornecedores para fazer face às dificuldades de tesouraria e para garantir o pagamento atempado dos salários dos trabalhadores.

Uma empresa, ou um empresário, que se preocupa em primeiro lugar com os seus trabalhadores é sempre de louvar. Recordo uma notícia de há uns anos que dava conta dum empresário que foi preso porque, perante dificuldades de tesouraria, optou por pagar os salários dos seus funcionários e deixou por pagar os impostos, numa sociedade justa talvez fosse louvado, protegeu os mais fracos, em Portugal foi condenado a uma pena de prisão.

Mas… Dias Loureiro é um empresário de sucesso, isso é que importa!

A medida de gestão de tesouraria recorrendo ao atraso nos pagamentos aos fornecedores seria mais aceitável se em primeiro lugar a TAP tivesse recorrido ao atraso no pagamento aos pilotos grevistas que desfalcaram a companhia em trinta e cinco milhões de euros. Não só desfalcaram a tesouraria da companhia como tiveram, publicamente, o desplante de se orgulharem de o ter feito.

Seriam pois estes os primeiros a merecer ver o pagamento do seu salário atrasado. Não podemos ignorar que o terrorismo sindical praticado pelos pilotos da TAP teve e tem outras implicações, afectou outras empresas e, por arrastamento, os trabalhadores de outras empresas. Também não podemos ignorar que o atraso no pagamento aos fornecedores da TAP pode, por si só, ter um efeito devastador na tesouraria de outras empresas condicionando desta forma o pagamento dos salários dos seus próprios trabalhadores.

Miguel Sousa Tavares, no seu comentário na SIC disse que quando a necessária reestruturação da TAP for iniciada, os primeiros a serem despedidos devem ser os pilotos grevistas. O problema é que a Lei protege os prevaricadores, os terroristas do sindicato estão protegidos e provavelmente serão os últimos a ser despedidos.

Utilizando a palavra recentemente descoberta pelo aposentado de Belém, a Lei da Greve é uma Lei anacrónica que permite todo o tipo de terrorismo com a agravante de proteger os terroristas.

Mas… Dias Loureiro é um empresário de sucesso, isso é que importa!

O terrorismo sindical apenas veio dar força ao (des)governo para continuar na sua senda de vender o país, de alienar todo o nosso património. Quem beneficiou com a greve dos pilotos? O governo que ganhou argumentos para continuar com a venda. A quem prestou o sindicato dos pilotos um bom serviço? Aos vendilhões do governo ao criar mais dificuldades de tesouraria na empresa.

Mas… Dias Loureiro é um empresário de sucesso, isso é que importa!

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